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Enviada em: 21/08/2019

No Brasil, o número de pessoas que ainda sofre perseguições religiosas é muito expressivo. Segundo uma pesquisa realizada entre o ano de 2011 e 2014 pelo jornal Folha de São Paulo, houve uma proporção de 1 denúncia a cada 3 dias. Denúncias na qual, as religiões afro-brasileiras são as principais vítimas. Deste modo, é necessário reacender o debate a fim de diminuir ou extinguir a prática desse crime. A liberdade de crença religiosa é um direito inalienável do cidadão, no qual o Estado garante proteção para que o indivíduo possa praticar sua crença sem ser vítima descriminações. Porém, não é bem isso que acontece na prática, apesar do Brasil ser um país laico, ele é formado por um padrão religioso (católico ou evangélico), pessoas que fogem desse padrão, são os que mais sofrem descriminações, que pode variar de isolamento social a violência física. Na chegada ao Brasil no século XlV, os portugueses se depararam com os nativos indígenas que tinha uma cultura e religião totalmente diferente dos portugueses, sendo assim, os padres jesuítas tinham a missão de catequizar os índios, impondo a sua religião. Anos depois, junto com os negros africanos, veio a umbanda e candomblé que foram repudiadas e “demonizadas” pelos brancos. É perceptível que a intolerância religiosa está presente no Brasil, desde sua colonização. Sendo assim, é fundamental a discussão para encontrar meios para combater e prevenir esses tipos de crimes. É necessário, pois, que se reverta a mentalidade retrógrada e preconceituosa predominante no Brasil. Para tal, o Estado deve veicular campanhas de conscientização, na TV e na internet, que informem a população sobre a diversidade religiosa do país e a necessidade de respeitá-las. Em paralelo a isso, é importante que a Secretaria dos Direitos Humanos faça uma política de incentivo para que aumente o número de denúncias, para aumentar a eficácia da lei, sendo assim, a sociedade brasileira poderá garantir o exercício da cidadania a todos os setores sociais e, finalmente, ultrapassar antigos paradigmas.