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Enviada em: 11/03/2017

A intolerância religiosa sempre foi um dos maiores problemas da humanidade. Atualmente, pode-se observar sua gravidade através da atuação do Estado Islâmico, que executa aqueles que não seguem o islamismo. Desse modo, é de suma importância que ela seja combatida no Brasil, a fim de que não se chegue a situações extremas, como as que acontecem no Oriente Médio. Entretanto, nesse combate, é preciso considerar os constantes ataques sofridos pelas religiões no país, que têm partido de alguns ambientes universitários e alguns segmentos religiosos.     Nesse sentido, é preciso citar a crescente banalização, no que diz respeito às religiões, em alguns meios universitários. Hoje em dia, a despeito do princípio da laicidade do estado, que garante a neutralidade das instituições em assuntos religiosos, é comum, em universidades públicas, a presença de cartazes com conteúdo ofensivo à religião cristã, principalmente. Qualificando-a como uma crença racista, misógina e machista. Além disso, são frequentes as palestras com o título "desconstruindo a religião cristã”, por exemplo. De certo, esta acaba sendo uma grande fonte de intolerância, visto que os estudantes dessas instituições acabam adquirindo uma espécie de aversão à religião cristã, que não demonstravam antes de ingressar nessas universidades.     Ademais, convém explicitar as provocações que partem de uma religião em direção a outra. Desde o século XVI, com a revolta iniciada por Martinho Lutero, as religiões católica e protestante iniciaram uma competição por fiéis, lançando mão de ataques e calúnias entre si. No Brasil, estopim dessa disputa gerou um caso que ganhou notoriedade nacional: O de um pastor, membro da igreja protestante denominada “Universal”, que quebrou com um chute, uma escultura de uma santa considerada sagrada pela Igreja Católica em rede nacional de televisão. Desde então, os ataques entre essas duas religiões tornaram-se cada vez mais constantes.     Portanto, fica evidente que, para combater de forma efetiva a intolerância religiosa, é necessário apaziguar as relações entre os mais diversos segmentos da sociedade no tocante às crenças. Desse modo, é preciso ampliar as discussões sobre a tolerância religiosa. Para isso, é necessário que, o Ministério da Educação direcione as escolas do país a promover debates e palestras que tratem da pluralidade religiosa no Brasil, de forma que toda sociedade possa participar. Outrossim, o Governo Federal deve financiar a veiculação de propagandas sobre o assunto pela mídia de televisão e internet, a fim de ampliar o público alvo e alcançar o máximo número de pessoas. Dessa maneira, garantir-se-á a liberdade de culto religiosa e a não propagação do extremismo religioso como acontece no Oriente Médio.