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Enviada em: 14/06/2017

“Afro-brasileira. Evangélica. Islâmica. Católica. Indubitavelmente, há, no Brasil, uma grande e importante diversidade de religiões. Entretanto, a infeliz prática de intolerância religiosa está presente, de forma significativa, na sociedade brasileira. É inquestionável a possibilidade de combater a intolerância. Para que isso ocorra, faz-se necessário compreender preconceitos historicamente enraizados. Além disso, para que haja erradicação da intolerância religiosa, é importante uma análise sobre a forma que diferentes religiões são retratadas por veículos midiáticos. Por certo, tais caminhos possibilitarão o combate efetivo à falta de tolerância religiosa.  Em primeiro lugar, é preciso ratificar que valores historicamente definidos contribuem para que exista intolerância. Certamente, a análise desse contexto histórico é um caminho para o combate a práticas intolerantes. No período colonial, houve a catequização da população nativa por parte dos colonizadores portugueses, como descrito pela literatura quinhentista. Tal catequização, com base em valores etnocêntricos, gerou preconceitos para com as demais religiões, sendo esses preconceitos causadores da intolerância até a atualidade. Logo, a compreensão, por parte da sociedade, da negativa influência histórica na perpetuação da intolerância é um caminho para combatê-la.  Além disso, a forma parcial e estereotipada com que a grande mídia retrata as diferentes religiões gera – ainda mais – intolerância. No filme americano “O Quarto Poder”, o poder da mídia é comparado aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Mesmo se tratando de uma obra ficcional, a película explicita uma realidade: o grande poder da mídia. Portanto, evidencia-se a necessidade de um olhar crítico e questionador sobre como as religiões são apresentadas pelos veículos de comunicação. Assim, a intolerância pode ser combatida, ou, pelo menos, ter sua intensidade diminuída.  Assim, a longo prazo, cidadãos com um olhar crítico apurado serão responsáveis pelo combate à intolerância, possibilitando a coexistência da rica diversidade religiosa brasileira.”