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Enviada em: 13/04/2017

A identidade religiosa do Brasil se constituiu por um mosaico  de  crenças, desde os rituais praticados por indígenas até a chegada do cristianismo e da religiosidade africana. Na sociedade contemporânea, no entanto, tem aumentado o número de indivíduos que imbuídos de sectarismo dogmático promovem vandalismo de locais religiosos, culminando, muitas vezes, em violência física. Intolerância que se institucionaliza dentro de igrejas e templos  e se propaga, também, nos meios de comunicação, de forma a colocar em risco não, somente, a liberdade de religiosa, mas a própria herança cultural do país.  Nesse cenário, a depredação e violência física mostram-se como as primeiras alternativas para aqueles indivíduos que não admitem a diversidade ideológica de outrem, casos que se evidenciam principalmente nas religiões de matrizes africanas. Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos, a denúncia mais prevalente no disque 100 é por intolerância religiosa, cerca de 35% dessas queixas estão relacionadas às religiões afrodescendentes, como umbanda e candomblé. Tal situação, infelizmente, ilustra que essa discriminação é  uma face do racismo que, ainda, persiste no país.  Outrossim, o discurso sectarista, comumente, é propagado dentro de intuições religiosas, as quais desconhecem ou repudiam a liberdade de crença alheia. Para o Centro de Combate à Intolerância Religiosa, no Rio de Janeiro, essa pregação hostil é fomentada, corriqueiramente, por indivíduos sem  formação  teológica, que assumem funções e postos de bastante influência dentro de igrejas e templos. Tais condutas  maléficas permanecem sem punição  e se respaldam no próprio  direito à livre manifestação  religiosa, a qual, contraditoriamente, esses cidadãos  rechaçam.  Por conseguinte, embora a Constituição afirme em seu texto a inviolabilidade de  conciência e crença, é preocupante à maneira como determinadas religiões, frequentemente  cristãs, utilizam a concessão de espaços nos canais de televisão e rádio para menosprezar a fé de outrem, desrespeitando símbolos sagrados, subjugando rituais e liturgias alheios e estimulando o ódio de seus telespectadores e ouvintes. Essas atitudes ganham  força, também, nas redes socias, aonde seus disseminadores se escondem através do anonimato, atraindo progressivamente mais adeptos.  Mitigar a intolerância religiosa na sociedade é, portanto, urgente e requer engajamento coletivo. Para isso, é imprescindível responsabilizar aquele que a prática, através da criação de delegacias especializadas nesse tipo de crime. Ademais, é fundamental a realização de campanhas educativas dentro de espaços religiosos, acerca do sincretismo histórico  do país. É bom, também, que os órgãos públicos restrinjam espaços na TV e rádio as religiões propagadoras de intolerância, de maneira a garantir o direito de cada um  professar a fé, mas, cima de tudo, resguardar a riqueza cultural do Brasil. relatos de violência por motivo de regilioso, isso ocorre com todas as religiões, mas as religiões de matrizes africanas são, sem duvidas, a que mais sofrem esse tipo de agessão.   a violência física se mostra como primeira alternativa para aqueles indivíduos que não admitem a diversidade ideológica do próximo. Segundo dados da Secretária de Direitos Humanos, as queixas por intolerância religiosa são as mais recorrentes no disque denúncia. Porém, esses casos, comumente, permanecem em punes seja por medo das vítimas seguirem com a ação ou, ainda, pela própria dificuldade do sistema judiciário.  Outrossim, a discriminação de cunho  religioso, também, mostra sua face nas redes sociais, é corriqueiro ver manifestações de preconceituosas no ambiente virtual.