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Enviada em: 08/04/2017

Zigmunt bauman, sociólogo polonês, apregoava que a falta de solidez nas relações sociais é característica da "modernidade líquida", vivida no século XXI. De modo análogo, hodiernamente, nota-se a problemática da intolerância religiosa, no Brasil. Nesse contexto, há dois pontos que merecem ser analisados: as consequências dessa prática e as dificuldades para solucioná-la.       Inicialmente, convém destacar os efeitos da intolerância religiosa. Segundo Émile Durkheim, a sociedade é uma espécie de organismo, onde os membros devem estar coesos para o bom funcionamento do grupo. Entretanto, essa problemática causa uma desconexão , ou seja, uma patologia, conforme esse sociólogo. Exemplo disso, foi o caso da garota de onze anos que foi apedrejada, no RJ, por um grupo de uma religião diferente do dele, após ela ter saido de um terreno de candomblé.       Outrossim,nota-se os contratempos para resolver esse impasse. É indubitável que o pensamento etnocêntrico esteja entre as causas da intolerância religiosa no Brasil. Isto é, a crença na superioridade de uma determinada religião, leva os seus seguidores a inferiorizar o outro, ou acabar com ela. Ademais, Immanuel Kant dizia que o indivíduo é fruto da educação. Nessa perspectiva, consta-se que a intolerância religiosa é um problema educacional, onde há uma crise de valores e princípios moral básicos, como o respeito e a aceitação das diferenças.       Fica evidente, portanto, a questão da intolerância religiosa no Brasil. Sendo assim, podem as coorporações de trabalho instalarem um novo código de ética com princípios de colaboração mútua, a fim de findar o pensamento de superioridade. Simultaneamente, podem os líderes de casa religião promoverem reuniões entre os membros, com o objetivo de estimular a tolerância. Por fim, pode a Escola criar Grêmios Estudantis que realizem debates e peças teatrais sobre a importância do repeito para com o diferente para a boa coesão da sociedade. Afinal, como apregoava Vitor Hugo: "A tolerância é a melhor das religiões."