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Enviada em: 12/04/2017

Recentemente, Nice, cidade ao sul da França, foi palco de um atentado terrorista durante a comemoração da queda da bastilha, feriado nacional. Durante o ataque, um caminhão atropelou diversas pessoas que estavam assistindo às comemorações, deixando mortos e diversos feridos. Por causa de situações como essas, que já vêm se tornando corriqueiras, instala-se um sentimento de pânico geral e repulsa no que se refere à religião islã.      Apesar de, no Brasil, o islamismo não ser o principal alvo de preconceito da população, outras religiões, tais como as de crenças afro-brasileiras, são alvos frequentes de atos de intolerância religiosa, segundo estudo divulgado pela Secretaria dos Direitos Humanos. Ainda que a Constituição Federal Brasileira assegure a liberdade de crença como direito fundamental, e que hajam leis esparsas com a finalidade de salvaguardar este direito, episódios de violência física e psicológica relacionadas à intolerância religiosa são bastante comuns.       Deste modo, medidas se fazem necessárias para a resolução ou diminuição deste problema. Apesar da laicização estatal, o MEC deveria inserir na grade curricular obrigatória a cadeira de "Ensino Religioso", pois esta matéria permite conhecer outras realidades, desmistificando-as. Ainda, a presença de aulas de ensino religioso, geraria mais empatia entre alunos e de alunos para com outras pessoas, através da abandono da ignorância sobre o tema. Há que se incentivar debates sobre atualidades, utilizando-se do modo dialético para expor os pontos negativos e positivos da realidade que nos cerca. Outra forma de ajudar na educação e debate é criação de ficções engajadas com o intuito de atingir a raiz do preconceito na sociedade, que levem à reflexão do tema, influenciando na diminuição de casos de intolerância religiosa. Quanto ao núcleo familiar, é indispensável que os pais estejam atentos às informações que são passadas diariamente e façam, com seus filhos, um filtro de notícias confiáveis. Estimular a criança a entender que o mundo em que ela vive é moderno e, portanto, são inúmeras as diferenças que podemos encontrar entre todas as pessoas, e o mais importante: que todas devem sempre ser respeitadas.