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Enviada em: 13/04/2017

Mudança de paradigma           Isonomia é um princípio jurídico que consiste na igualdade de todo cidadão perante a lei. Com essa premissa, ao final da Segunda Guerra Mundial foi criada a universalização de direitos humanos, a qual garante qualquer forma de fá ou crença ser expressada. Convém, então, analisar a problemática da intolerância religiosa no Brasil contemporâneo e criar caminhos para a resolução dessa mazela                A discriminação sofrida pelas religiões afrobrasileiras decorrem de um enraizamento de preconceitos históricos brasileiros. O processo de escravatura e a não inclusão cultural do negro na sociedade contribuiram para a visão errônia da fé na umbanda e no candomblé como algo ruim. Agravando essa situação, o Brasil é considerado um dos países mais religiosos da América Latina, por meio de dados de uma pesquisa de Win Gallup, uma empresa holandesa. No entanto, a fé consolidada no país é cristã, algo evidenciado ainda mais pela considerável bancada evangélica na política. Logo, percebe-se o aumento da intolerância religiosa ao se relacionar com o passado segregacional brasileiro com a falta de equidade de representação das diferenças religiosas do país na sociedade.              O aumento do discurso de ódio, ampliado pela internet,  exacerba a intransigência das pessoas com culturas diferentes das delas. O advento das novas tecnologias, como computador e celular, possibilitou que os indivíduos opinassem mais abertamente sobre assuntos como a religião. Não obstante, em muitos casos é expressado pensamentos preconceituosos  que violentam psicologicamente indivíduos de certas crenças. Uma forma de se combater tais atitudes pode ser posta em prática por meio do desenvolvimento de um pensamento mais ético. O filósofo Immanuel Kant acreditava ser possível uma consciência moral universal. As pessoas desenvolveriam um pensamento de empatia ao próximo por possuírem um conhecimento cultural amplo.               Em suma, constata-se que a intolerância religiosa ainda é uma ignomínia social em pleno século XXI. Para tentar se reverter essa situação é importante que o Ministério da educação promova palestras, seminários e projetos sobre as multiplas religiões brasileiras nas escolas e universidades. Além disso, o legislativo do país deve endurecer as penas dos crimes de sentimentos de aversão a alguma religiosidade com multas alta, detenções mais longas aliadas a trabalhos voluntários. Ademais, as mídias em conjunto com as ongs podem promover campanhas nos veículos de comunicação e em ruas movimentas para denúncias de intolerância religiosa e também de conscientização para que todos respeitem essas diferenças. Afinal, é essencial que toda sociedade trabalhe em conjunto para promover uma ética que acabe com esse paradigma atual.