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Enviada em: 25/04/2017

OBS: meu teclado está sem crase, nas linhas: 12, 14,   A religião sempre esteve presente nas civilizações, desde o politeísmo antropozoomórfico dos egípcios até o monoteísmo universalista dos cristãos. Conflitos devido a diferentes visões religiosas também acompanharam a história mundial - muitas vezes devido a atitudes de intolerância com o próximo. Na contemporaneidade, essa situação mantém-se, especialmente no Brasil, em que a intolerância religiosa fere a diversidade cultural do país, além de pôr em em risco a laicidade do Estado.    Nesse contexto, o Estado, que deveria zelar pela liberdade religiosa, assegurada pela Constituição, permite-se influenciar por políticas dotadas de posicionamentos tendenciosos. Tal intromissão é observada na escassez de políticas públicas direcionadas á proteção de religiões minoritárias, como as afro-brasileiras. Esse quadro é herança de uma colonização agressiva, em que a classe dirigente manteve-se, ao longo do tempo, afastada da responsabilidade de oferecer suporte ás manifestações religiosa não-cristãs, permitindo o crescimento do ódio a essas.    Atualmente, entretanto, denúncias contra discriminação religiosa afetam tanto denominações cristãs como as que não o são. Essa abrangência da intolerância fere o mosaico cultural brasileiro ao prejudicar a harmonia entre as religiões. Adeptos de uma atacam os adeptos de outra, o que intensifica o isolamento entre as crenças. Como exemplo, neste ano, em Eldorado, cidade do interior paulista, um homem evangélico destruiu imagens de santos em uma igreja católica.    Depreende-se, por conseguinte, a urgência em se reafirmar a laicidade do Estado, além de assegurar a boa convivência entre seguidores de distintos credos.    Dessa maneira, é imprescindível que o Primeiro Setor intensifique discussões sobre religiões minoritárias, principalmente entre os parlamentares. Empresas privadas podem, também, explorar o tema das religiões em suas propagandas. Por fim, todos os cidadãos necessitam conscientizar um ao outro, por meio de conversas francas sobre a importância do respeito na convivência em sociedade.