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Enviada em: 24/04/2017

"Toda unanimidade é burra." Assim como disse, em sua época, Nelson Rodrigues e trazendo sua máxima para o contexto de intolerância religiosa brasileira, observa-se a ignorância de muitos ao agredir, verbal ou fisicamente, outras pessoas com base apenas em suas opções de religião. Dessa forma, é necessário garantir a laicidade do Estado e procurar formas para controlar tal preconceito, tendo em vista que a intolerância religiosa é um mal que precisa ser extinto.    Em uma primeira análise, é válido ressaltar que a laicidade do Estado deve ser garantida, tendo em vista que está presente na Constituição e, não sendo seguida, torna-se um obstáculo na busca pelo fim da intolerância, que é um preconceito visto constantemente e que acaba sendo banalizado, resultando em piadas de mau gosto e até em agressões. Tal fato é confirmado na teoria de Thomas Hobbes, na qual afirma que "o homem é o lobo do homem." Dessa forma, é necessário mais respeito e educação entre a população para se viver harmonicamente.    Em um segundo plano, nota-se a discriminação maior com relação as religiões afro-brasileiras, tendo em vista que são julgadas com termos preconceituosos, como "macumba", e sendo associados a bruxaria. Apesar de 80% das denúncias em 2013, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, não envolverem violência física, muitos sofrem com os estereótipos formados pela sociedade sobre eles, o que deve ser revertido.    Com isso, é válido lembrar que a intolerância religiosa é um mal que deve ser extinto. Para isso, cabe ao Poder Legislativo revisar as atuais leis, tipificando minunciosamente os tipos de agressões e aumentando as penas, a fim de intimidar os agressores. Além disso, cabe à família e à escola manter conversas constantes ou realizar palestras com o propósito de conscientizar crianças e jovens. Afinal, segundo o líder pacifista Gandhi: "o futuro depende daquilo que é feito no presente."