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Enviada em: 03/05/2017

O Brasil é um país laico, receptivo a todos os tipos de religião. Entretanto, nem toda a sua população respeita e aceita a escolha do próximo. Dessa forma, é possível afirmar que o número de casos de violência a membros de diferentes igrejas tem crescido desenfreadamente. Isso se evidencia não só pela inflexibilidade dos cidadãos perante diferentes crenças, mas também pela promoção da intransigência por parte de muitos líderes religiosos.      Relativo à divergência de opiniões dos brasileiros, percebe-se que grande parte da população prefere viver em segregações. Além disso, a História mostra que, desde a vinda de escravos africanos para Salvador, no século XVI, houve uma imposição  do catolicismo por colonizadores portugueses, em que se tentou proibir outras formas de credos. Nesse sentido, crianças se reúnem em grupos escolares com outras pertencentes a um mesmo culto aliado à um mesmo pensamento ideológico.       Ademais, segundo o portal G1, muitos líderes religiosos adotam uma postura preconceituosa em relação a outras teologias. Assim, pregam em seus cultos a abominação à templos distintos, como tem-se visto com o pastor Valdemiro Santiago, o qual é réu em uma dezena de processos judiciais por desacato à crença alheia. Este exemplo comprova a máxima de Rousseau, que diz que a natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.      Assim sendo, é imprescindível que as Escolas Municipais e Estaduais promovam em suas aulas a ética e o apreço ao próximo, mediante o uso pontual de materiais ilustrativos sobre a formação religiosa do brasileiro, a fim de ensinar o respeito, a tolerância e a compaixão. Outrossim, é primordial que o Estado invista em palestras educativas para professores e pais, com a promoção de visitas a diversos cultos, para que lhes sejam mostrados que o caminho que leva a Deus pode ser distinto, mas que o objetivo moral é similar. O Brasil estará, então, a caminho contrário ao repúdio e ao ódio, o que promove o bem-estar de todos.