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Enviada em: 16/07/2017

O teocentrismo e a imposição do Cristianismo pregado pela Igreja Católica em toda Europa medieval, desencadeou um processo de marginalização sobre outras crenças e culturas. Com isso, foi-se gerando um processo de repúdio as demais doutrinas e que se faz presente até os dias atuais. Nesse contexto, é necessário analisar como a violação contra a laicidade constitucionalizada em 1988 no país e a falta de conhecimento sobre as diversas etnias existentes em todo o mundo, contribuem para a permanência de casos de intolerância religiosa no Brasil.  Muitas instituições públicas, principalmente de ensino, carregam consigo uma crença e acabam influenciando adultos e crianças sobre o que acreditam. Isso se deve ao fato, de que a colonização brasileira fora marcada pela visão eurocêntrica dos portugueses, assim, foi se enraizando ao longo da história que somente o Catolicismo deveria ser aceito e pregado. Em decorrência disto, nota-se, até hoje, que muitas instituições públicas, como escolas, praças e hospitais, carregam consigo dogmas fixos desde o período colonial. Conforme verificado pelo Questionário Diretor Prova Brasil, 66% das escolas ministram ensino religioso, além de fazerem orações e terem símbolos religiosos expostos, com isso, o espaço que deveria ser público e democrático, acaba ferindo a laicidade do Estado e impedindo que a liberdade de expressão religiosa seja de fato vivenciada.  Outro fator que acarreta os casos de intolerância, é o poder da Igreja sobre um fiel. Isso acontece porque, o indivíduo é levado a crer em algo e quando encontra uma instituição que vá ao encontro de seus valores, adota esta, como única fonte de sabedoria e verdade. Com isso, não busca saber outros pensamentos e filosofias, assim, tende a julgar ideais distantes do seu, causando muitas vezes discriminações sobre aquilo que é menos discutido e familiar. De acordo com os dados do disque 100, criado pela Secretaria Nacional dos Direitos humanos, dos 1.014 casos de intolerância, 71% são contra adeptos de religiões de matrizes africanas, reafirmando, o preconceito consolidado durante a história.  Torna-se evidente, portanto, que o Estado e a sociedade devem resolver esse impasse. O primeiro, juntamente com escolas e espaços públicos, devem realizar debates e palestras, ministradas com teólogos e filósofos, sobre as origens e crenças dos diversos povos, desmistificando todo o passado estabelecido. Já a sociedade, em parceria com as Ongs e a Mídia, devem fazer campanhas, divulgação de folhetos e mobilizações na internet, em que mostrem como o mundo é multicultural e o quão importante isto é para a formação de uma nação. Dessa forma, os números de casos de intolerância religiosa no Brasil declinarão e a visão Eurocêntrica adquirida desde o passado, poderá, enfim, se tornar uma nova história.  e como todas essas culturas estão e são essenciais para a formação de uma nação. Além disso, é ne