Materiais:
Enviada em: 21/05/2017

Durante toda a formação do Brasil, a intolerância religiosa esteve intimamente ligada ao etnocentrismo devido a grande taxa de imigrantes que o Brasil recebeu no processo de colonização. Sendo assim, começou-se a ser compartilhado um tecido cultural constituido de religiões, rituais, raças e etnias distintas. Porém, a adoção de uma religião como única, gerou uma série de conflitos que até os dias de hoje são enfrentadas pela população.        Desde o Brasil colonial, era presente a intolerância religiosa vinda dos jesuítas que acreditavam que os índios deviam ser catequizados para somente assim assegurá-los de uma religião. Seguidamente, com a chegada dos africanos no Brasil, os portugueses queriam desintegrar dos escravos as religiões de matriz africana. Porém, houve o incremento dessas religiões na cultura brasileira como o candomblé, religião Afrobrasileira. Hoje, o Brasil é considerado laico, mas ainda observa-se rastros de discriminação deixados pelo caminho que reflete até os dias atuais.         Além disso, após a 2° guerra mundial em 1948, a declaração Universal dos Direitos Humanos declarou igualdade social para todas as raças e etnias devido as grandes perseguições coordenadas pelo ditador Adolf Hitler, que matava e mutilava judeus no Holocausto, por considerar os judeus inferior a sua cultura e religião. Porém essa realidade ainda é constratante no Brasil, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 12% das denúncias relatadas até 2014 envolveram violência física, sendo as principais vítimas seguidores de religião de matriz Afro-brasileira, como o caso ocorrido em São Paulo em que uma criança de 11 anos ao sair do centro de Ubanda foi perseguida e apedrejada até à morte.         Como se vê, a intolerância religiosa ainda é marcada na sociedade brasileira.Sendo assim, o Estado deverá comprometer-se para a fiscalização desses casos de intolerância , pois muitas são as denúncias, mas ainda é visto descaso na apuração e procura dos agressores, enfraquecendo o Art.208 que penaliza crimes contra o sentimento religioso. Além disso, o Ministério de Educação deverá investir nas escolas palestras e máterias das diversas religiões, para o entendimento e reflexão dos alunos. Somente assim, haverá uma cidadania que respeite os ideais da Constituição de 1988 e o lema da Revolução Francesa: "Liberdade, igualdade e fraternidade."