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Enviada em: 26/05/2017

Na epopeia "O físico", de Noah Gordon, o personagem Barber, aprendiz de médico-barbeiro, presencia a morte do seu mestre, que foi amarrado na cruz e afogado em um lago, acusado de bruxaria pela igreja católica. Apesar de se tratar de uma cena literária, a intolerância religiosa fez parte da história humana e continua na realidade de diversos brasileiros.       Em primeiro plano, vale ressaltar que o período da colonização brasileira foi inteiramente marcado pela imposição da religião lusitana, através dos jesuítas. Crenças de matriz africana e indígena foram as principais reprimidas e perseguidas pelo eurocentrismo. Dessa forma, a intolerância religiosa foi praticada desde a origem do Brasil, enraizando-se na cultura da sociedade.       Além disso, cabe ressaltar que a incerteza da punição no Brasil, incentiva à ação intolerante. Nessa perspectiva, os cidadãos não sentem-se ameaçados ao praticar ações desrespeitosas, afinal, não costumam ver nenhum tipo de punição no segmento. Mesmo existindo leis que visam punir os desrespeitos religiosos, dificilmente são aplicadas, gerando sentimento de impunidade, o que caracteriza um problema à ser combatido.       Fica evidente, portanto, que a intolerância religiosa precisa ser resolvida. Como forma de garantir isso, cabe ao poder executivo aumentar o aparato repressor, tanto em contingente humano quanto em tecnologias, sendo parte da responsabilidade do judiciário, quanto a celeridade da justiça. Ademais, o Ministério da Educação deverá incluir na ementa escolar, assuntos religiosos sobre as diversas crenças existentes e assim criar nos jovens, o pensamento de compreensão ao outro. Dessa forma, o país alcançará a verdadeira posição de estado laico e democrático.