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Enviada em: 30/05/2017

A palavra religião remete ao sentido de ligação, união. No Brasil, mesmo com a diversidade religiosa, estamos longe desse sentido e de um Estado laico. A crença de determinadas religiões, apoiadas em um sentimento de liberdade de expressão, o ensino inadequado do tema nas escolas e o papel tendencioso da mídia, reforçam o preconceito e a intolerância. Um grave problema, que grita por uma solução.    Nossa constituição garante livre direito ao culto de todas as manifestações religiosas, fato muitas vezes utilizado como argumento para atitudes agressivas contra praticantes de outras religiões. Contudo, essa liberdade de expressão não legitima atitudes ofensivas. O direito de todos deve ser respeitado, independente da crença  de cada indivíduo.       O ensino de religião nas escolas também é abordado de maneira inadequada, priorizando certas  religiões  em detrimento de outras. Assim, aquela que deveria assumir o papel de mediadora, educando de forma neutra, discutindo e esclarecendo o problema, acaba contribuído para o agravamento do conflito religioso.       Outro ponto a ser considerado é o papel tendencioso da mídia, que reserva maior espaço de sua programação a religiões com maior número de fieis. O que contribui para o sentimento de superioridade desses em relação a grupos religiosos menores.         Portanto, para combater a intolerância religiosa no Brasil é necessária uma ação integrada entre governo e sociedade, gerando mais debate sobre a questão e levando a uma maior  participação social. O ensino religioso nas escolas deve assumir papel pluralista, dando ênfase ao respeito a todos os cultos. Além disso, a mídia também deve incentivar participação de diferentes cultos religiosos em sua programação, abrindo espaço para o diálogo. Com isso teremos uma sociedade com uma consciência inclusiva, caminhando contra a intolerância religiosa. Um Estado laico plenamente.