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Enviada em: 06/07/2017

No universo de "Star Wars", os mestres jedi foram aniquilados pelos Lordes Sith, seguidores de uma seita inimiga. Liderados por Darth Sidious, eles depuseram a república e instalaram um regime ditatorial. Fora das telas de cinema, a intolerância religiosa é uma realidade no Brasil, tornando necessário o seu combate, para a manutenção da liberdade individual e da cidadania.       Grande parte da colonização brasileira foi feita por padres jesuítas, que impuseram o catolicismo e tornaram o Brasil majoritariamente cristão. Contudo, as demais matrizes religiosas (principalmente as africanas) acabaram proibidas e desmoralizadas, gerando um preconceito ainda existente na sociedade. O filósofo Jean-Paul Sartre afirmou que a violência não necessariamente causada por agressão física (que é 20% dos casos) é uma derrota para a população.    Entretanto, a questão está longe de ser resolvida. Contrariando a laicidade do Estado, muitas escolas públicas possuem aulas de ensino religioso, que tratam apenas do cristianismo e deixando as outras religiões de lado dificultando a quebra do preconceito. Ademais, apesar de ser condenada pela lei, a intolerância religiosa implica em punições muito leves, e nem sempre tais agressões passam por julgamentos, pois várias pessoas nem chegam a denunciar o crime.    Portanto, medidas são necessárias para combater o impasse. O Ministério da Educação deverá alterar o currículo da matéria de ensino religioso fazendo com que a disciplina aborde todas as matrizes religiosas e ensine a importância de respeitar cada uma delas. Por outro lado, a Policia Civil precisa criar uma ouvidoria pública anônima para atender esses casos de preconceitos religiosos e investiga-los com rigor sem prejudicar a integridade da vitima. Por fim, poderá ser discutida a criação de uma emenda constitucional que condene mais severamente atos de intolerância religiosas e garantir que todos os atos de agressão sejam devidamente julgados por juízes e defensores públicos.