Materiais:
Enviada em: 25/06/2017

Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.        Descartes,  filósofo do Século XVIII, surpreendeu os pensadores da época quando relatou que considerava o cosmo como um grande relógio e Deus o relojoeiro. Interessante, mesmo entre os Gregos não houve quem reprovara sua teoria, ou seja, foram tolerante com um conceito Teocrático.           Portanto,  a partir do momento que alguém  torna-se intolerante, julga ser o dono absoluto da razão, que o outro está completamente errado em relação ao seu ponto de vista ou da sua fé.       Embora a Constituição Brasileira assegure ao cidadão a liberdade de crença e manifestação religiosa, sendo o Estado  laico,  todos devem respeitar essa liberdade de expressão.  Usufruir pacificamente desse direito, convivendo harmoniosamente com as diferenças, sem preconceitos, evitando a corrosão social que muitas vezes é marcada com violência.      Segundo a Secretaria dos Direitos Humanos (2016),   referente ao assunto da descriminação religiosa no país, classificou que 20% de todas ocorrências registradas, foi marcada por algum tipo de violência física.  Nesse caso, o artigo 208 da Constituição,  aplica um ano de reclusão ao ofensor.       Entretanto, falta uma importante mediação social do Estado, embora a  lei  proteja  o sentimento religioso  de seus cidadãos, direito de culto, propagação de fé ou defesa de filosofia de vida.     Analisando pela ótica da antropologia, chega-se a conclusão que a intolerância religiosa é uma questão cultural da sociedade, portanto, adquirida e transferida. Uma questão de educação.     Dessa maneira, o Governo como cabeça do corpo político, como dizia Hobbes, deve definir através de seus Ministérios, estratégias para ensinar, não a prática de  religiões, mas da sua história, da cultura, das crenças dos povos e das nações. Educar para formar na identidade da personalidade do cidadão, o respeito, pausado na moral e na ética, sem nenhuma descriminação. Os professores capacitados ensinem seus alunos, as faculdades seus formandos, as religiões seus fiéis,  os pais seus filhos. Como dizia o sociólogo  Emmanuel Conte: "o homem é o que a educação faz dele".