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Enviada em: 17/07/2017

O Brasil é um país miscigenado, tanto etnicamente quanto culturalmente. Em razão disso, há uma pluralidade de religiões que os brasileiros são adeptos, e isso, liberdade de crença e culto, é um direito garantido pelo artigo 5º (cláusula pétrea) da Constituição Brasileira de 1988. Entretanto, há religiões que são mal vistas por boa parte da população e, em razão disso, seus adeptos sofrem preconceito e discriminação.  Com a chegada dos portugueses no século 16, o sistema escravista foi adotado no Brasil, e para suprir a demanda por escravos o tráfico negreiro prosperou, tanto que foi o comercio que mais lucrou durante o Brasil Colônia. Esses escravos, em sua maioria de origem africana, foram obrigados a abdicarem de suas religiões, pois essas eram vistas pelos colonos portuguese católicos como algo até mesmo demoníaco. Essa demonização das religiões oriundas da África firmou historicamente certo preconceito nos brasileiros para com os praticantes de religiões afro-brasileiras , tanto que segundo a Secretaria de Direitos Humanos, eles são os que mais sofrem crime de intolerância religiosa.  Embora a maioria dos casos registrados sejam contra adeptos de religiões afro, eles não são os únicos a sofrer por esse mal. Protestantes, islâmicos, judaicos e até mesmo católicos sofrem com esse tipo de crime e a causa disso ocorrer se deve, principalmente, pela fala de um dos pilares da vida em sociedade: a empatia. A falta dessa virtude leva o individuo à ignorância com as escolhas pessoais do outro e , por sua vez, leva ao conflito.  Torna-se evidente que o mal da intolerância religiosa é um crime baseado na falta de empatia, na ignorância contra as escolhas individuais. Para combater esse mal, é necessário que a família ajude na formação ética e moral do individuo e transmita o valor da empatia, concomitante a escola junto com o Estado devem criam campanhas que busquem elucidadar a população a respeitarem todas as religiões, este último deve também endurecer a pena para quem cometar tal transgressão de lei. Assim será possível combater esse crime contra à liberdade, pois segundo Jorge Amado em Capitães da Areia, "a liberdade é como o sol, o bem maior do mundo".