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Enviada em: 17/08/2017

Herança colonial         Durante o processo de colonização e formação do Estado Brasileiro os índios nativos, e os escravos Africanos trazidos para cá passaram por um processo de imposição de crenças, sendo obrigados a abrir mão dos seus rituais e cultos em função dos do branco Europeu, julgados como corretos pelo ponto de vista eurocêntrico predominante da época. Entretanto, tal ponto de vista parece ter sobrevivido ao passar dos anos, visto que a intolerância religiosa é um dos principais problemas na conjectura Brasileira contemporânea.   Mormente, cabe refletir sobre o ensino religioso nas escolas Brasileiras. Sabe-se que a escola é uma das primeiras instituições sociais frequentadas pelo indivíduo, é portanto uma das responsáveis pela formação do seu caráter, sendo o pilar maior da disseminação do respeito à diversidade. No entanto, o que se verifica na maioria das vezes no atual cenário Brasileiro são colégios que pregam determinadas religiões como doutrinas, incentivando os alunos de maneira indireta a repudiar o diferente. Isso fica claro, ao observarmos uma pesquisa do Jornal da Cultura que afirma que 69% das escolas Brasileiras praticam algum tipo de oração ou canção religiosa - geralmente de origem cristã - durante o ano letivo. Evidenciando que esse tipo de pratica pode ser perigosa para as crianças.     Além disso, cabe ressaltar que o Brasil é um estado laico, e portanto não deveria possuir lideranças religiosas envolvidas com a política. No entanto, na realidade não é isso que se verifica, uma vez que mais de 80% do congresso é composto pela bancada evangélica, evidenciando que  embora na teoria a laicidade do estado seja garantida, na prática, grupos religiosos menores, como o candomblé, possuem pouca representatividade na hora de tomar decisões que afetam o cotidiano do coletivo.    Destarte, fica claro que a intolerância praticada no Brasil colônia, sobreviveu ao passar dos anos e nós assombra até os dias de hoje. Portanto, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Cabe ao Ministério da Educação em parceria com as escolas, modificar o ensino religioso, voltando-o a ensinar as diversas religiões presentes no nosso país de maneira a pregar o respeito às diversidades nele presentes, além disso pode-se criar cartilhas e palestras a serem distribuídas aos país, para que o ensino continue dentro de casa. O Governo deve também, limitar o número de membros religiosos presentes no congresso, visando uma separação definitiva entre política e religião. Por fim, pode-se discutir a criação de uma emenda constitucional que puna mais severamente culpados de crimes relacionados a intolerância, para que possamos de uma vez por todas nós livrar dessa Herança colonial que nós atormenta.