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Enviada em: 27/08/2017

Ninguém é igual a ninguém  A Constituição Federal de 1988 consagra, em seu artigo quinto, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Apesar desse preceito constitucional, nosso País vive uma linha tênue entre o que se lê e o que se vê. A intolerância religiosa é um problema para o Brasil e precisa encontrar um caminho no sentido de ser combatida.  O Brasil se constitui em Estado Democrático de Direito e a intolerância religiosa é um problema porque vai de encontro às liberdades fundamentais. Ser livre é diferente de usar a liberdade para propagar discursos de ódio ou fazer dela fundamento para interpretações preconceituosas. A liberdade de um existe em paralelo à liberdade do outro, e assim se constroi o respeito como caminho para combater a intolerância.   Uma Constituição não deve ser sinônimo de consulta, necessitando que ela seja incorporada aos nossos valores e condutas. Discriminar alguém por ter uma religião diversa ou até por não ter é fechar os olhos frente ao pluralismo religioso que o Brasil tem e que pode ser interpretado nas palavras de Humberto Gessinger: há tantos quadros na parede, há tantas formas de se ver o mesmo quadro.  Apesar do Código Penal Brasileiro configurar como crime a discriminação por religião, ela ainda existe e por vezes é acompanhada de agressão física. Frente a isso, pode concluir que alguns caminhos devem ser seguidos para combatê-la. A escola, formadora da criticidade, a família, formadora do caráter e a fiscalização por parte do Estado devem ser a base para atingir esse objetivo.