Materiais:
Enviada em: 02/09/2017

Vivemos em mundo cada vez mais globalizado e, como resultado desse fenômeno, o contato entre diferentes culturas tem se tornado algo inevitável. Desde o período colonial, vivemos um choque cultural entre europeus, índios nativos e africanos, que podemos observar até os dias atuais, de maneira ainda mais marcante, em decorrência da miscigenação que o país apresenta.  Como um dos elementos essenciais de uma identidade cultural, a religião sempre se inseriu como protagonista neste embate, até porque, ela sozinha já traz consigo características que fundamentam a maior parte da estrutura de uma sociedade. Como herança do processo colonial brasileiro – marcado pela doutrinação da Igreja Católica a partir de expedições bandeirantes –, o Brasil é um país majoritariamente cristão. Contudo, é inegável a diversidade religiosa aqui presente e, como não estamos numa teocracia, na Constituição, o Estado é laico, portanto deve apresentar neutralidade em todo o seu âmbito político e social.   Em contrapartida, nota-se que a sociedade brasileira nunca lidou muito bem com esta diversidade, o que é perceptível em constantes casos de agressão à homossexuais por parte de fanáticos religiosos; conflitos entre crentes e ateus; cristãos e umbandistas; islâmicos radicais e não seguidores de Alah; dentre outros casos. Tais conflitos geram desavenças dentro das próprias famílias e, consequentemente, na sociedade como um todo.   Diante de todo este contexto conflituoso em que vivemos, faz-se necessária a atuação da família – sendo esta, formadora do caráter no período primordial do desenvolvimento humano, a infância – conscientizar seus membros de que a diversidade religiosa é algo a ser respeitado, e não, atacado. Mas, como a conscientização de “pai para filho” requer uma compreensão desse primeiro, o Estado deve introduzir políticas que abordem essa temática através dos meios de comunicação (internet, televisão, panfletos) e, por meio do Ministério da Cultura, e em parceria com ONGs que defendam essa causa, promover políticas que prezem pelo respeito à diversidade religiosa. Além disso, é imprescindível tratar esse tema nas escolas e o reforço para que a legislação que pune infratores da liberdade de expressão seja devidamente cumprida.