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Enviada em: 14/09/2017

Intolerância Religiosa: Uma Questão de Educação       É notório que a questão religiosa é palco de grandes divergências no país, haja vista a tentativa dos jesuítas em catequizar a população indígena. No ambiente escolar estas diferenças também podem ser percebidas. Inclusive é neste cenário, que ao construir o indivíduo como ser pensante, se não houver acompanhamento e conscientização, estaremos por formar os futuros intolerantes e extremistas. Os jovens, durante sua formação, buscam socialização e para isso, começam a construir grupos por afinidades. Aliado a formação destes grupos, não há também uma abordagem efetiva dos educadores para integrar os alunos e estabelecer diálogos acerca das diferenças.       Relativo a formação desses núcleos de convívio, os estudantes têm a necessidade de se inserir em um meio, onde possam ser aceitos e expressar suas opiniões. Essa interação surge em diferentes víeis, entre eles a afirmação religiosa. É comum que um indivíduo estabeleça relações com outro de mesma ideologia, em contraponto a formação de grupos exalta a segregação das crenças, e não sendo possível estabelecer diálogos, temos a geração de conflitos.       Inserindo o conceito de Estado Laico para a escola, há de se entender a necessidade de trazer para o debate as diferentes manifestações religiosas, afim de criar a oportunidade de eliminar estereótipos construídos ao longo do tempo. Vale ressaltar que, apesar da escola ter um papel fundamental na integração desses núcleos sociais e na transposição de conhecimento, não se pode perceber uma ação incisiva para tal. A comunidade escolar não se mostra preparada para trabalhar as diferenças ideológicas e mediar os conflitos durante a formação do indivíduo.       Dessa forma, percebe-se que os conflitos religiosos podem se iniciar já nos primeiros sinais da percepção do jovem enquanto parte integrante de uma sociedade. E para frear isto, é necessário que todos os educadores envolvidos na formação desse cidadão promovam ações de conscientização e integração. Uma boa iniciativa é produzir atividades de imersão no conhecimento religioso, não de forma a alienar e induzir um comportamento, mas com o propósito de conceder a oportunidade de diversificar o conhecimento.