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Enviada em: 03/10/2017

Quando chegaram ao Brasil, os portugueses colonizadores vieram acompanhados dos padres jesuítas, que, em pararelo ao processo de colonização, tentavam, a qualquer custo, catequizar os índios que aqui viviam. Essa não aceitação à religião indígena foi claramente uma das principais, senão a principal, forma de discriminação religiosa vivenciada no Brasil. Isso fez com que esse tipo de intolerância ficasse enraizado na nossa história até os dias atuais.       Em pleno século XXI, o Brasil ainda sofre com a intolerância religiosa praticada, sobretudo, contra religiões afro-brasileiras, o que demonstra que uma parcela significativa dos casos de intolerância desse gênero em nosso país não é apenas religiosa, mas sim, racial. Portanto, há que se salientar que o combate a esse tipo de preconceito deve se manisfestar não apenas através do conhecimento da diversidade religiosa contida em nosso país, mas também através do conhecimento e a consequente aceitação da nossa diversidade cultural.       Portanto, se faz necessário a tomada de algumas medidas com o objetivo de amenizar significativamente esse problema. Como já dizia o padre e filósofo Antônio Vieira, a boa educação é moeda de ouro: em toda parte tem valor. Desse modo, o MEC deve adotar a disciplina de Ensino Religioso como obrigatória na grade curricular das escolas. As secretárias de educação estaduais, por sua vez, irão modificar os conteúdos programáticos dessa disciplina, abordando, ao longo do ano letivo, não apenas a diversidade cultural existente no nosso país, mas também a história do surgimento das religiões brasileiras e as relações culturais (rituais, danças, datas comemorativas, etc.) associadas a cada religião. Com isso, as novas gerações poderão conhecer e disseminar essa "moeda" de ouro, ao invés de ignorarem e menosprezarem o conhecimento do novo e aceitação do diferente.