Por tratar-se de um país laico, o Brasil garante - ou pelo menos deveria garantir - o direito da liberdade religiosa em seu território. Entretanto, fora dos papéis a realidade é outra, uma vez que o preconceito é o único que parece exercer algum tipo de liberdade. Logo, é necessário debater sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil, que é acentuada por meio da ignorância e descumprimento das leis. Em primeira instância, deve-se compreender como a falta de conhecimento por parte dos intolerantes é essencial para que haja qualquer tipo de agressão sobre aqueles que diferem de suas crenças. Tendo em vista que a população brasileira é majoritariamente cristã, é necessário considerar os efeitos disso para a sociedade. Sendo assim, um dos caminhos é dar mais visibilidade para outras religiões, não com o intuito de doutrinar, mas sim, evidenciar a diversidade, que deve ser sempre respeitada. Junto a questão social, a ineficiência por parte do Estado é a principal antagonista dessa história. Ela pode ser vista dentro de escolas públicas, onde o ensino religioso, quando empregado, resume-se basicamente nos fundamentos da fé cristã, o que vai contra seu caráter laico. Também são encontradas falhas na especificidade das leis, afinal, a sobreposição religiosa dentro desses órgãos públicos não sofre nenhum tipo de punição, já que nem sempre é entendida como violência. Fica claro, portanto, que entre os caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil estão a exploração da diversidade de crenças e o reforço de políticas protecionistas. Dessa forma, é plausível a promoção de debates em instituições públicas sobre diversas religiões, afastando a idéia da obrigatoriedade acadêmica sobre certo dogma. Junto a isso, deve-se aprimorar as leis e fiscalizá-as, excluindo a possibilidade de privilegiar qualquer tipo de segmento religiso, pondo em prática, de fato, a laicidade do país.