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Enviada em: 11/10/2017

Na atual sociedade brasileira têm-se aumentado as notícias sobre casos de violência a grupos de determinadas religiões, tendo muitas vezes agressões físicas, e destruição dos componentes de culto, se revelando a verdadeira face da intolerância religiosa. Nesse sentido, convém analisar os caminhos para combater esse problema.    A laicidade do Estado, se posta em prática, se revelaria como grande fator de direção social. No entanto, desde a colonização brasileira em que houve a catequização dos índios na religião católica, se perdurou a influência dos ideais cristãos nas decisões estatais, ditando um padrão, um caminho correto a seguir incentivando cidadãos a irem contra qualquer ideal que divirja dos ideais cristãos.    Implementar o ensino religioso de forma científica e real, e não como uma nova maneira de difundir uma religião como certa seria um grande avanço para que se rompa o ódio ao desconhecido. Uma vez que ao ampliar o conhecimento sobre todas as crenças contribui para a desconstrução de certo e errado, e constrói a visão de que há diferenças, e que ser diferente não está relacionado a estar errado.    O racismo, de forma isolada, também se mostra um grande fator de perpetuação da intolerância, e tendo em vista que as religiões de matrizes africanas é a mais afetada, deve ser combatido. Desde a demonização dos negros e de seus cultos na época colonizadora se cresce o preconceito não só a cor, mas a tudo que se refere e que vêm de origem afro. Os caminhos de combate ao preconceito de cor são árduos, pois as medidas devem abranger a inclusão do povo e da cultura negra, além de medidas de remediação à sociedade civil.    Os caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil, portanto, são trabalhosos e devem ser estudados cautelosamente para que abranja todas as escalas sociais e surte os devidos efeitos.