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Enviada em: 18/10/2017

Desde a Idade Média, com a perseguição a quem não era católico romano, à contemporaneidade, em que casos de violência física e moral são cada vez mais frequentes, a intolerância religiosa mostra-se presente. Nesse sentido, torna-se necessário utilizar-se da educação para traçar caminhos a fim de entender e combater a discriminação contra práticas religiosas no Brasil.       É válido analisar, primeiramente, que a discriminação pode ser, entre outro fatores, a aversão ao diferente. Isso se explica pelo instinto primitivo do ser humano de luta e fuga, já que aqueles expostos durante suas criações aos valores cristãos possuem a tendência à estranhar o que não lhes são familiar, como a cultura afro, atacando-os. Porém, como Sarte pregava, a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.       Dessa maneira, é importante salientar que tornar o que é considerado estranho em algo conhecido é de extrema valia. Tal panorama se dá, uma vez que com uma maior compreensão da cultura alheia, o sentimento discriminatório será amenizado e tolhido, sendo, assim, um passo inicial para a resolução dessa mazela. Isso se dá, segundo Kant, pelo fato do homem ser aquilo que a educação faz dele.       É inegável, portanto, que a educação desde a base é o caminho para sanar a intolerância religiosa no Brasil. Dessa forma, o Ministério da Educação deve tornar obrigatório o estudo de todas as religiões a partir do Ensino Fundamental, de maneira técnica e laica, apenas para serem apresentadas, entendidas e familiarizadas entre os alunos. Também deverão ser confeccionadas campanhas televisivas pelo Estado, para serem exibidas em rede aberta, a fim de mostrar curiosidades de todas as práticas religiosas e chamar atenção para as leis existentes, reafirmando o livre direito à quaisquer cultos e a punição a quem impedi-los de ser realizado. Com isso, o Brasil andará rumo à conscientização nacional do livre arbítrio religioso e amenizará os episódios de intolerância.