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Enviada em: 26/10/2017

Conforme descreveu o eminente sociólogo Émile Durkheim, em sua teoria denominada Fato Social, se um indivíduo não segue os padrões impostos pela sociedade, será excluído socialmente. Aplicando essa teoria ao Brasil do século XXI, torna-se necessário debater os caminhos para combater a intolerância religiosa. Nessa perspectiva é necessário considerar a liberdade de expressão e o ensino religioso aplicado nas escolas.  De início, é lícito inferir, o uso correto da liberdade de expressão. Tendo em vista que esta oferece o direito de criticar as opiniões alheias apenas de forma verbal, pode-se perceber que não está sendo utilizada de maneira correta. Prova disso, está nos dados fornecidos pela Secretaria dos Direitos Humanos que relata que a cada 186 casos de critíca religiosa, 37 relataram o uso de violência física. Assim, pode-se perceber que a sociedade está atingindo altos níveis de intolerância e violência.  Ademais, é válido considerar a falta de variedade de religiões ensinadas nas escolas. Sabe-se que a maioria dos conhecimentos adquiridos pelas pessoas vêm das informações que são recebidas nas escolas e é notável que a grande maioria prega somente o catolicismo. Prova desse cenário está no uso de símbolos dessa religião que são utilizados em diversas escolas. A falta desse conhecimento acarreta em indivíduos incapazes de conviver com pessoas de diferentes crenças.  Com a finalidade de combater a intolerância religiosa, é dever, portanto, do governo e das escolas agirem em conjunto e com urgência. Estas devem ensinar diversas religiões e aplicar aos alunos que deve-se conviver de bem com o diferente; aquele, considerando que o Brasil é um país laico, tem o dever de continuar punindo os praticantes de intolerância e também defender a plena convivência com as opiniões contrárias. Assim, o país finalmente poderá se orgulhar da ordem e progresso estampadas em sua bandeira.