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Enviada em: 16/04/2018

De acordo com a declaração universal dos direitos humanos, publicada em 1948, todo indivíduo, independente de raça, religião ou cor, tem o direito de manifestar livremente a sua crença religiosa. Antagônico a tal preceito do documento, nota-se que, parte dos brasileiros, atualmente, no séc. XXI, sofrem preconceito ao expressar costumes e hábitos, para a sociedade, referente à religião adotada. No contexto da intolerância, o desconhecimento da população acerca da diversidade religiosa, do laicismo e da democracia, assim como a causa da violência contra grupos religiosos minoritários são fatos que, infelizmente, estão sendo negligenciados.    Atualmente, a intolerância religiosa tem ganhado um espaço de discussão entre os intelectuais brasileiros. Entretanto, a discriminação decorrente da crença ocorre dentro em muitas esferas sociais. Religiões que não possuem origem exclusivamente na tradição judaico-cristã, como as de matriz africana e as chamadas religiões pagãs, vivenciam um nefasto vilipêndio. Dados compilados pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR) mostram que mais de 70% de 1.014 casos de ofensas, abusos e atos violentos registrados no Estado entre 2012 e 2015 são contra praticantes de religiões de matrizes africanas. Os estudiosos apontam duas explicações plausíveis para esse problema.       A primeira se refere ao racismo velado que ainda está presente hoje, por tal, há um consenso de que o passado escravista do Brasil, faculta uma dívida histórica. Com a vinda dos escravos africanos, a religião vigente, católica, passou a dividir espaço com outras crenças de matriz distinta, ao qual na sociedade colonial configurou como um espaço marginal. Através dos tempos, a estigmatização da África, cumpre o seu papel problemático no que se refere a desperiferização dos ritos Africanos. A segunda, o apoio político nas ações de movimentos neo-pentecostais, configura-se como um impasse. Pois, embora o Brasil seja um país laico, nota-se que, a má-fé de seus políticos no que concerne à separação entre a fé e a política, um deveras obstáculo, cuja intencionalidade configura-se como desconhecida, embora os efeitos claros no que se refere a propagar a intolerância.      Portanto, medidas são necessárias para resolver este impasse e garantir a integridade do praticante.  Em suma, como já dizia Kant: “ O homem é aquilo que a educação faz dele”, é necessário que O Ministérios da Educação, a entidade preparada para lidar com reformas pedagógicas, prepare saídas contra a ignorância, para tal, a efetivação de um Ensino Religioso, que busque educar, polir e ampliar conhecimentos, é imprescindível. Além disso, não apenas a escola deverá atuar, aos estudiosos cabe a predisposição para o esclarecimento de discursos, a fim de educar para a ética.