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Enviada em: 17/05/2018

Racismo: o árduo caminho em busca de igualdade    A Magna Carta brasileira, de 1988, garante o direito à vida, à igualdade e à liberdade. Todavia, a prática deturpa a teoria, uma vez que os casos de racismo no Brasil aumentaram exponencialmente. Dessa forma, para mitigar tal mazela social, faz-se necessária uma parceria forte entre o governo e a mídia.    Antes de tudo, é necessário constatar que o Estado falha ao não promover acesso igualitário dos negros em relação aos demais. Além disso, suas taxas de criminalidade, de analfabetismo e de mortalidade ainda são as mais elevadas. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), as ações afirmativas são essenciais para a redução de discriminações e desigualdades existentes no país. Essa caótica realidade rompe com o artigo 6 da Constituição Federal, o qual afirma ser dever da União garantir o emprego aos cidadãos brasileiros.     Somado a isso, tem-se o fato de que a indústria cultural midiática ainda é pouco permeável à ideia de ter o negro em papel protagonista. Isso faz com que, em pleno século XXI, ainda exista a representação negativa, o preconceito e o racismo, de maneira a dificultar a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, no qual define que serão punidos os crimes resultantes de discriminação de raça ou de cor. Logo, é imprescindível a atuação estatal e social para que tais obstáculos sejam superados.    Diante desses impasses, torna-se fundamental uma ação entre o governo e a mídia, na qual essa, por meio de programas, propagandas e novelas, será responsável por construir na população um sentimento de alteridade, mostrando a importância de colocar-se no lugar do outro no intuito de minimizar os preconceitos. Ademais, o Estado deve ampliar, criar e fiscalizar mais leis para amparar as vítimas de racismo, além de disponibilizar delegacias especializadas para punir os desviantes da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assim, será possível diminuir à herança histórica de escravidão e consequentemente reduzir os índices de preconceito para com o próximo, respeitando a ética e a moral de toda a humanidade.