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Enviada em: 07/05/2018

DIGNIDADE NA TERRA DE GONÇALVES.                  O racismo é uma tempestade que o Brasil atravessa. Ele navega nessas águas por questões históricas e sociais. E agora, José? Cabe, assim, ratificar Nelson Mandela, líder sul-africano antiapartheid, ou seja, inspirar a esperança.                A Abolição ocorreu em 1888, mas o racismo persiste. Certamente, a discriminação da atriz Taís Araújo pelo simples fato de ser negra revela a continuidade histórica da marginalização desse segmento social. Nesse sentido, é evidente que essa segregação racial está muito enraizada no país e independe do prestígio e da ascensão individual.           Por certo, a falta de ações inclusivas alinhadas à lei áurea favoreceu a manutenção da segregação da população negra. A saber, há uma maior vulnerabilidade dessa etnia à pobreza e à violência, constatada pelo IBGE. Portanto, esse fato mostra que para fechar a lacuna social é necessário ir além das cotas e do estatuto da igualdade racial.                 Logo, conduzir a nau é a esperança de que não haverá naufrágio. Para tal, a diversidade racial deve ser promovida pelas escolas, por meio de atividades interétnicas, com vista ao respeito às diferenças. Ademais, núcleos de equiparação étnica precisam ser criados pela União, através de parcerias com entidades sociais em todo o país, para atuarem continuamente com intermediação de mão de obra, cursos profissionalizantes, benefícios sociais e auxílios gerais, a fim de garantir a dignidade para todos na terra das palmeiras, onde canta o sabiá.