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Enviada em: 01/10/2018

O racismo é uma forma de preconceito e ódio contra raças historicamente consideradas inferiores - como as populações negra e indígena, ligadas à escravidão. No Brasil contemporâneo, atitudes e pensamentos racistas persistem na sociedade, pois é um problema estrutural o qual está no consciente e inconsciente coletivo. Isso se deve, sobretudo, à pouca representatividade de etnias consideradas inferiores e a precariedade na educação ética dos brasileiros, evidenciando a necessidade de caminhos para combater a discriminação de raças no país.       Em primeira análise, a falta de representatividade em meios importantes da sociedade - como arte, política e ciência - fomentam uma cultura segregacionista. Haja vista que uma das formas de aprendizado do ser humano é por meio de associações, a atual realidade, a qual a maioria dos cargos ligados à intelectualidade e ao poder - como artistas, políticos, médicos e empresários bem sucedidos - é composta por brancos e cargos dissociados à intelectualidade e ao poder - como empregados domésticos, varredores e pedreiros - são compostos, majoritariamente, por negros e pardos, reforça associações negativas para essas raças. Logo, mesmo que o racismo não se manifeste em atitudes discriminatórias, a cultura promove a segregação e persiste em associar cores de pele à inferioridade.       Por outro lado, o conhecimento liberta e transforma a sociedade. Nesse sentido, consoante o renomado pedagogo brasileiro Paulo Freire, a educação não muda o mundo, ela muda pessoas e pessoas mudam o mundo. Portanto, o ensino da filosofia e os preceitos éticos possuem papel fundamental numa boa formação cidadã, visando fomentar o senso crítico e o respeito às leis institucionais precocemente nos jovens. No entanto, esse ensino ainda não é realidade no Brasil, pois, mesmo com a criminalização dos atos de racismo pela Lei 7.716 da Constituição Federal, a discriminação racial continua afetando a vida de muitos brasileiros.       Por fim, diante do exposto, é evidente a necessidade de mais representatividade de raças segregadas, por intermédio de ações afirmativas organizadas pelo governo, com o objetivo de democratizar o acesso aos diferentes meios de produção intelectual por parte dessas etnias historicamente associadas à inferioridade, para que essa associação seja desfeita. Ademais, o Ministério da Educação deve agregar o ensino da filosofia desde o ensino fundamental 1 à Base Nacional Comum Curricular, com o intuito de conscientizar precocemente os brasileiros a respeito do absurdo o qual é o pensamento racista, por meio do desenvolvimento do senso crítico. Assim, com esses caminhos para combater o racismo no Brasil, essa problemática será confrontada.