Materiais:
Enviada em: 24/10/2018

O Brasil é considerado um país multicultural e uma de suas grandes riquezas é a miscigenação de seu povo. Ocorre que a diversidade não impede que pessoas sofram com os atos de racismo, ato este que vai de encontro à Constituição Federal, que no artigo 5º prevê o princípio da igualdade. Dessa forma, faz-se necessária a análise dos motivos que levam a tal conduta, bem como o combate a essa modalidade de crime, buscando formas de integrá-lo à sociedade.       Albert Einstein já compreendia as raízes do problema quando escreveu "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". Isso por que trata-se de uma cultura que é passada de pai para filho desde à época da escravidão, e ainda que tenha sido abolida, os seus reflexos permanecem. Fato é que o racismo ocorre onde menos se espera e das mais variadas formas, seja por meio de olhares, por uma averiguação policial injustificada, por uma não contratação, ainda que preenchidos todos os requisitos esperados. No entanto, ainda que hajam possíveis motivos, é inaceitável que em pleno século XXI, no auge dos direitos individuais, isso ocorra.        Ademais, os números - que já são altos - de denúncias de racismo não compreendem a realidade, pois há àqueles que sequer chegam a denunciar, bem como àqueles que sofrem com o chamado "preconceito velado". Na tentativa de combatê-lo, o Estado elencou o racismo no rol dos crimes inafiançáveis, enrijecendo a pena e condições. Contudo, essa é apenas a "ponta do iceberg", pois conforme dados divulgados pelo IBGE, os negros e pardos são a maioria da população carcerária, assim como os desempregados, o que mostra a sua condição de segregado socialmente.        Portanto, o combate começa no empoderamento dos indivíduos, por meio das empresas midiáticas, em parceria com o Poder Judiciário e entes públicos, para que sejam estimulados a denunciar os autores dos crimes, pois assim a penalidade prevista em lei será aplicada. Além disso, os sindicatos empresariais poderão oferecer palestras aos seus sindicalizados a fim de que sejam alertados sobre a importância do tratamento igualitário.