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Enviada em: 31/10/2018

No livro “o Cortiço”, de Aluísio Azevedo, é retratada a realidade brasileira no período pós-abolicionista, em que muitos negros, por não serem reintegrados à sociedade, buscam sobreviver nas regiões periféricas. Mesmo fora da literatura, essa realidade é, infelizmente, bastante comum nos dias de hoje, e consigo carrega a discriminação e o preconceito diluídos no senso comum.       É válido considerar, inicialmente, que os crescentes investimentos em educação contribuem para a diminuição de preconceitos, sobretudo raciais. Para o matemático René Descartes, todos os indivíduos devem ter autonomia no pensamento e evitar o senso comum, obtidos por meio do acesso ao conhecimento. Entretanto, devido aos avanços tecnológicos e aos problemas no sistema educacional, as pessoas, cada vez mais, agem duas vezes antes de pensar e se tornam parte de uma cultura de massa discriminatória.       Além disso, observa-se que o racismo é fundamentado com base em estigmas sociais. Na música “Olho de Tigre” de Djonga, cantor de rap, é dito o seguinte: “Quem tem minha cor [negra] é ladrão, quem tem a cor de Eric Clapton é cleptomaníaco”. Nesse sentido, nota-se que o preconceito é direcionado e atinge as minorias, que, por sua vez, não tiveram culpa da infraestrutura que lhes foi oferecida ao longo do tempo.        Faz-se necessário, portanto, que medidas com o intuito de combater o racismo no Brasil sejam efetivadas. Logo, o MEC em parceria com as mídias televisivas deve promover o acesso ao conhecimento por meio da criação de uma emissora especializada no ensino, sobretudo de história, para que os pertencentes ao senso comum também possam receber educação de qualidade e comecem a pensar por conta própria, tal como defendia Descartes. Dessa forma, a longo prazo, a empatia e o senso crítico crescerão em detrimento do preconceito racial.