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Enviada em: 29/03/2019

Após a Lei Áurea, sancionada em 1888, o Brasil pareceu dar um grande passo rumo à integração social. Os ex-excravos, entretanto, sem nenhum mecanismo para se manter nas grandes cidades, se abrigaram em favelas e cortiços, o que fortaleceu o já enraizado discurso de superioridade racial. Desse modo, passados mais de cem anos, o racismo continua recorrente na sociedade brasileira. Urge, pois, que mudanças sejam tomadas.      Em primeira análise, a mentalidade popular estagnada se mostra como a principal "pedra no caminho". Como os pardos e negros ocupam uma parte mais periférica da sociedade, as classes mais abastadas os culpam por certos problemas socioeconômicos do país, relacionando as minorias como "marginais" ou pessoas que tem "vida fácil" por se aproveitarem das políticas sociais, como, por exemplo, o Bolsa Família. Assim, o comportamento racista prevalece, principalmente, em núcleos familiares, sendo mantido de geração em geração.     Outro fator preponderante aponta para a falta de representatividade na mídia e no entretenimento. As emissoras de televisão do Brasil mantém, Desde a Ditadura Militar, uma visão estrangeira de cultura e beleza, o que pretere a disseminação e valorização da riqueza étnica e cultural presente no país. A novela "Segundo Sol", transmitida pela TV Globo gerou uma recente polêmica, pois, apesar de se passar na Bahia - estado com grande população negra - tem seu elenco sendo exclusivamente branco.     É evidente, pois, que o racismo ainda é um empecilho a ser resolvido. Para resolver o problema, a Prefeitura, sob o jugo do Ministério da Educação, deve incentivar desde cedo o exercício da alteridade, por meio de livros sobre a diversidade e a integração racial nas escolas com base na disciplina de cidadania. Outra medida seria a maior valorização das etnias brasileiras pela mídia. Desse modo, ter-se-á, de fato, uma democracia racial.