Materiais:
Enviada em: 13/07/2019

O período colonial brasileiro foi marcado pela violência e escravidão contra os negros, e mesmo tendo se passado mais de cem anos de abolição, ainda existem diversas marcas daquela época. Vale ressaltar que escravos libertos não tiveram nenhuma assistência social, somado a isso o fato de o preconceito estar enraizado em grande parcela da população. Tornando, assim, muito difícil a inclusão de tal grupo na sociedade e no mercado de trabalho.   Essa situação mostra os reflexos impactantes até os dias atuais, uma grande parte dos afrodescendentes vivem à margem da sociedade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o analfabetismo entre negros é o dobro da população branca, fazendo com que muitas vezes o indivíduo se veja obrigado a cometer crimes para sobreviver, como mostra a pesquisa realizada pela Comissão dos Direitos Humanos, evidenciando que 62% dos presos são pretos ou pardos.    Além disso, vale observar que desde a escola já se tem o preconceito, mas como ocorre principalmente na forma de exclusão não é considerado como tal, ocasionando consequentemente uma grande taxa de evasão escolar. Ainda nesse contexto, é notório que o mercado de trabalho também é muito excludente para esse povo, visto que muitos sequer chegam a obter alguma vaga  e quando encontram geralmente são subordinados , social e economicamente inferiores. Desse modo, o racismo é acentuado pelo ciclo vicioso da desigualdade de oportunidades.   De acordo com os argumentos supracitados, fica claro que medidas fazem-se necessárias para combater a discriminação racial. Portanto, cabe a mídia, em conjunto com escolas, promoverem campanhas e debates sobre o racismo, a fim de conscientizar desde os mais novos, visando também destacar a importância de tal população para formação da nação. Ademais, trazer orientação psicológica para todos, principalmente os que já foram afetados com injúrias, visando restaurar a dignidade e auxiliar a vítima. Assim, espera-se que haja uma sociedade mais empática.