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Enviada em: 04/08/2019

"O que as pessoas vão pensar quando descobrirem que por de trás dessa máscara existe um herói que é negro?”, essa frase foi dita pelo personagem guardião durante a série 'supergirl' da CW. Tal oração expressa não só a realidade americana, mas também, a dos afrodescendentes no Brasil. Logo, analisando que o preconceito é uma das causas que incita o problema, educação e informação devem ser preceitos no caminho ao combate da realidade de injúria étnica no âmbito nacional.  Primeiramente, é necessário analisar que os termos utilizados ao referir-se a este tema ainda expressam esse preconceito enraizado. Durante a expansão marítima no século XIV o termo raça negra começou a ser amplamente utilizadas para se referir aos escravos africanos. Porém, no século XXI os brasileiros ainda utilizam essa divisão de raças, que não condiz com o conceito biológico e em certo ponto subjuga e transforma o outro em digno de repúdio. Sendo assim o termo Sociológico“ injúria étnica” estaria correto para expressar o problema, evitando interpretações erradas sobre a problemática. Tal como ocorreu com o termo Homossexualismo que caiu em desuso, pois, o sufixo (Ismo) propagava a ideia de enfermidade ou distúrbio. Portanto, a noção de raça não deveria ser usada de forma errada transmitindo nas entrelinhas essa noção de afastamento e superioridade provindas do darwinismo social.  Além disso, visto que houve a criminalização como racismo, o problema ainda persiste, pois, passou a se manifestar de forma velada. Sendo que essas pessoas que, em geral, são de pele clara, argumentam que“ os negros não passam mais dificuldades só por causa do tom de pele”. Porém, essa ideia não se sustenta, pois, segundo a pesquisa apresentada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) os negros têm dificuldade de ocupar cargos de maior exposição, como relações públicas, caixa bancário, secretários e recepcionistas. Tornado-se mais propícios a adentrar ao mercado informal de trabalho.  Logo, é mister que o estado tome providências para superar o quadro atual. Portanto, faz-se necessário que os Ministérios da educação e da cidadania — visto que ambos os agentes públicos são responsáveis, o primeiro por ampliar o conhecimento e o segundo por promover os direitos do cidadão— , aliadas a mídia que é o principal veículo formador de opinião, divulguem o problema por intermédio de propagandas televisivas. Levando informações e dados de forma educativa para promover o debate sobre o preconceito étnico no Brasil.Para que assim a frase do personagem televisivo 'guardião' não se faça presente na realidade brasileira, de forma que o negro também possa ser encarado socialmente como alguém igualmente capaz.