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Enviada em: 11/03/2017

Deixem as correntes    O racismo é uma questão histórica, do tempo colonial, mas que vem persistindo até hoje. Os negros, antigamente, eram vistos como aberrações, não sendo considerados "filhos de Deus", pois, na época, a Igreja controlava o governo, ainda como uma monarquia, e ,com essa alegação, não havia problema em escravizá-los. O negro não era uma pessoa, um ser humano, e sim um produto, que era vendido e comprado.    "Tinir de ferros... estalar do açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar...". Essa é uma parte do poema Navio Negreiro, de Castro Alves, escrito na época do romantismo, e o escritor era a favor da abolição da escravatura. O poema retrata como os negros eram trazidos à América e o sofrimento que passavam, explícito no trecho "Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!..." ", uma horrível realidade dos tempos antigos.    É inegável que os negros sofreram muito ao longo da história, e por isso criaram-se cotas ,por exemplo, pois os mesmos foram privados dos seus direitos no passado, assim como leis também foram criadas. O grande problema é que os negros ainda são privados de seus direitos, pois em uma entrevista de emprego, por exemplo, se houver um negro e um branco, muito provavelmente o branco será contratado, pois há um preconceito contra os negros, esse que se formou porque, com a abolição, os negros não tinham para onde ir, e então começaram a roubar e ,até hoje, a maioria das pessoas que são consideradas pobres no país são negras.    Outros exemplos são vistos com clareza atualmente. Se há um negro de chinelo em um shopping, os seguranças vão ficar atentos, mas se for um branco já não ficarão tão preocupados. Nas escolas particulares, a maioria é de cor branca, enquanto nas públicas prevalecem os negros. Tudo isso é um reflexo histórico criado no período colonial, mas que ainda está nas pessoas, ainda que existam leis que proíbem o racismo no Brasil, apesar de serem recentes.    Portanto, para resolver o problema, precisamos primeiro deixar de lado esse pensamento, pois todos somos cidadãos e seres humanos iguais, independente da cor ou crença. Educar desde já as crianças a não cometerem ações racistas, o que será, no futuro, a nova cultura brasileira, e acabar com a ideia de que o claro é bom, o escuro é ruim, através da educação e da ética, que devem ser impostas em todos nós e, assim, criar um mundo mais igualitário, pelo menos da parte racial.