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Enviada em: 19/03/2017

Combate ao preconceito racial em um país miscigenado    A sociedade ocidental, marcada pelo eurocentrismo, durante séculos fora norteada pela escravidão e a ideia de que o trabalho era apenas para as pessoas consideradas inferiores. Porém, como apresentado na música “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”, ainda há um grande preconceito racial que precisa ser erradicado. De certo, esse impasse decorre de  influências históricas e midiáticas.    Por um lado, a abolição da escravatura, em 1888, trouxe liberdade aos escravos, por outro, a ausência de condições econômicas e assistências do Estado levou à uma vida em péssimas circunstâncias. A população negra passou a ser notada como preguiçosa, incapaz e insignificante. Dessa forma, os negros continuam a lutar por direitos iguais, visto que ocupam cargos menores no mercado de trabalho, possuem salários distintos, baixa escolaridade e alta taxa de mortalidade em comparação aos brancos.  Os meios de comunicação atuam como influenciadores. As mulheres negras na televisão possuem estereótipos de empregadas, como em Avenida Brasil e Sitio do Pica-Pau Amarelo, e sexistas, no caso da Globeleza. Logo, o protagonismo de uma apresentadora de telejornal negra não é facilmente aceito e leva à injúria racial. Já no cinema, a indústria cultural criminaliza outras raças. Árabes são relacionados ao terrorismo, latino-americanos ao narcotráfico e imigração ilegal, asiáticos à Segunda Guerra Mundial e Guerra da Coreia.   Assim sendo, é indubitável uma solução. Apesar das ações afirmativas concretizadas, como a reserva de cotas raciais em concursos públicos e universidades, há outros caminhos para a eliminação do problema. Cabe ao Ministério da Educação instituir uma nova matéria nas escolas públicas e particulares que inclua toda a cultura e diversidade brasileira, seguindo o pensamento de Nelson Mandela: "A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo”. Por conseguinte, a Comissão Parlamentar de Inquérito, por meio das Câmaras Municipais, devem promover investigações voltadas à casos de intolerâncias raciais dentro de empresas e em entrevistas de emprego para que todos tenham os mesmos direitos trabalhistas independente da etnia.