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Enviada em: 22/03/2017

Durante o Apartheid, um regime de segregação racial ocorrido na África do Sul, o país vivenciou uma intensa luta pela igualdade de direitos entre negros e brancos. Entretanto, essa ideologia discriminatória ainda encontra-se presente no Brasil, afetando a vida de uma grande parcela da população,  causando danos tanto no âmbito social quanto no cultural.   Por ser um aspecto cultural, as formas de incentivo ao racismo, muitas vezes de forma indireta, estão intrínsecas na sociedade. Desenhos infantis, como o da boneca Barbie, transmitem a mensagem de que o padrão de beleza da personagens com características de pessoas brancas é o mais belo. O que ocasiona uma forma de violência simbólica, proposta pelo sociólogo Pierre Bourdieu, em que crianças negras não se reconhecem com aquela padronização, desgastando a sua auto-estima, o seu emocional e, muitas vezes, torna-o um adulto frustrado.   Ademais, o racismo causa a monopolização de traços culturais de grupos sociais distintos. A discriminação ou não aceitação de crenças, acessórios de vestimenta e tradições oriundos da cultura africana, torna o aspecto fundamental para o entendimento da sociedade nacional, intensamente miscigenada, completamente fragmentado e incompleto, privando o povo sobre o conhecimento de suas origens históricas. Contudo, a falta de delegacias e profissionais especializados em crimes de racismo, faz com que se perpetue essas ações preconceituosas.   Faz-se necessário, portanto, que se interrompa essa concepção de intolerância racial. É indispensável que o Ministério das Telecomunicações exija de empresas responsáveis pelas criações de filmes e desenhos direcionados ao público infantil, o desenvolvimento de personagens de diversas etnias, com o fito de agregar representação racial em que as crianças negras se espelhem. Além disso, o Ministério da Fazenda deve destinar uma maior parcela da economia para a adição de profissionais contra crimes de raça e para o aprimoramento das delegacias, com o intuito de aumentar as denuncias e o número de criminosos punidos.