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Enviada em: 28/09/2017

Racismo: convicção de superioridade de uma raça sobre a outra, motivada por diferentes características físicas e sociais. Esta definição simples não parece indissociável a algumas atrocidades cometidas durante o Colonialismo brasileiro, não é? Entretanto, não apenas as justificou como também ocasiona consequências até hoje. Por este motivo, o conhecimento histórico-cultural é indispensável ao combate desta prática, afinal, os brasileiros representam uma nação bastante miscigenada.      Historicamente, o racismo justificou o domínio de alguns povos sobre outros, como durante o Apartheid subsaariano. No contexto brasileiro, o Colonialismo justificava a escravidão por pressupostos religiosos e econômicos realçados pelo Eurocentrismo. Hoje, infelizmente, mesmo após o fim da escravidão, o racismo demonstra-se impregnado à sociedade de forma social e institucional, quando, muitas vezes, associa-se a imagem de um delinquente a um ''neguinho'' e a favelização apresenta população majoritariamente negra. Estes fatos estão assimilados a má conduta histórica do Estado sobre os citados grupos populacionais, ao atuar de maneira diferenciada sobre os mesmos.       Em pesquisas realizadas pelo IPEA, cerca de 60% daqueles que não conseguem atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde) são negros. E este é apenas um dos diversos contrastes entre brancos e negros ainda presentes no país ocasionados pelo desamparado Estatal, representando um governo que, assim como defende o filósofo Foucault, determina pelo preconceito direta ou indiretamente, ''um corte entre quem deve morrer e viver''. O investimento educacional sobre a miscigenação e a tolerância para com o próximo, além da conscientização dessas adversidades são imprescindíveis para que contrastes injustificáveis como o supracitado não sejam mais constantes, tanto no meio social como político.       Diante do exposto, torna-se evidente que a consciência advinda da educação quanto ao fato de sermos todos frutos da enorme diversidade étnica do Brasil, é imprescindível a erradicação do racismo. A médio e longo prazo, os investimentos educacionais, de infraestrutura e saúde trarão maior integração social entre os diversos grupos sociais e mudanças comportamentais da comunidade. Além disso, a curto prazo, o debate familiar sobre o tema para instruir aos mais jovens contra o fim dessa realidade, manifestações sociais como o movimento negro que ressalvam este combate junto a denúncias de racismo no cotidiano e campanhas que enalteçam essa luta, como o dia 21 de março, Dia Internacional contra a Discriminação Racial, estabelecido pela ONU, tornarão o Brasil de fato, um país de todos.