Materiais:
Enviada em: 11/04/2017

A história do Brasil, construída em bases distorcidas da colonização, aponta para as constantes lutas dos negros pelos direitos e garantias fundamentais. A abolição da escravidão e o viés democrático muito contribuíram para a construção da dignidade desse grupo, mas, ainda assim, rastros ideológicos sob a ótica do racismo mantêm-se na sociedade, configurando um problema.            Em primeira análise, é válido ressaltar a desigualdade social e a segregação espacial no que diz respeito às condições de vida dos negros no Brasil. Isso porque, o fim da escravidão não garantiu a isonomia perante os brancos e manteve laços de discriminações. Em relação a isso, há o predomínio teórico do Darwinismo Social, em que pondera a superioridade europeia perante à classe negra.             Na esteira do processo de combate ao racismo no Brasil, ocorre a ramificação de caminhos, visto o grande número de obstáculos. Nesse sentido, destaca-se os fatos correlatos de negação e desrespeito no ambiente de trabalho, nos espaços públicos e de lazer, nos serviços, nas escolas e nas universidades. A esse respeito, alude-se à Lei das Costas Raciais, que visa amenizar as disparidades de oportunidades no ensino público e o Estatuto da Igualdade Racial, que propõe a mitigação do preconceito através de normas de cunho social.          Portanto, o combate ao racismo é um problema no Brasil. Desse modo, caminhos devem ser traçados para amenizar o impasse, com a responsabilidade compartilhada entre os órgãos governamentais responsáveis, políticas públicas, mídia e escolas. O Ministério da Justiça em parceria com o Ministério da Educação devem dar publicidade e cumplicidade aos direitos e leis existentes, como o Estatuto da Igualdade Racial, punindo de forma adequada os atos de racismo, visto ser um crime imprescritível. Em adição a isso, é essencial a atuação das políticas públicas articuladas às escolas, com a participação dos professores, alunos e famílias, de forma a promover a mudança de comportamentos com palestras, debates críticos e seminários. Ademais, é imperioso a suscitação do respeito e isonomia entre os cidadãos, por meio da atuação da mídia com propagandas que promova a valorização do mosaico racial brasileiro. Como disse Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que pode-se usar para mudar o mundo.