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Enviada em: 18/04/2017

A história brasileira é marcada por mais de trezentos anos em que ocorreu a escravidão de milhões de negros. Esse processo resultou em uma mentalidade racista, que ainda é presente no imaginário coletivo brasileiro, mesmo após 129 anos da abolição da escravatura. Diante disso, faz-se mister o emprego da educação, bem como a melhora dos mecanismos de combate a crimes raciais de modo a reverter essa situação. Para o sociólogo Émile Durkheim, a formação da consciência moral do indivíduo ocorre principalmente na primeira infância, durante a socialização primária. Dessa forma, destaca-se a importância do papel da escola na constituição de cidadãos livres de um pensamento racista, visto que, uma vez inserido numa sociedade racista, a criança interiorizará  e reproduzirá esses padrões comportamentais de cunho discriminatório ao longo de sua vida. No entanto, quando inserido num ambiente escolar que combata a discriminação, essas chances são minimizadas, pois como nas palavras da escritora Elen Keller: "o resultado mais sublime da educação é a  tolerância". Além disso, percebe-se a necessidade da incrementação dos mecanismos legais de combate ao racismo. É evidente que, mesmo com a existência de leis como a de Nº 7.716, de 1989, ainda há incidência desse tipo de crime. Caso esses instrumentos não definam punições severas, nem sejam aplicados corretamente, a discriminação racial ainda perdurará no Brasil. Entende-se, portanto, que para extinguir o racismo da sociedade brasileira, é preciso seguir as idéias apresentadas acima. Por isso, é fundamental que, as instituições de ensino recebam maiores investimentos dos Governos estaduais e municipais, a fim de desenvolverem disciplinas com maior enfoque no respeito às diferenças raciais. Ademais, também destaca-se a relevância da criação de legislações por parte do Congresso Nacional, que punam mais severamente àqueles envolvidos em crimes de injúria racial e racismo e, no ambiente prisional, consiga formar nesses criminosos, uma consciência não discriminatória.