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Enviada em: 01/05/2017

A escravidão dos negros no Brasil durou cerca de 300 anos e foi abolida em 1888 pela Lei Áurea, mas, apesar disso, resultou em graves consequências que duram até hoje, dentre as quais está o racismo. Nelson Mandela, importante líder africano, afirmou que “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar.” Nessa perspectiva, é possível inferir que uma maneira de lutar contra o racismo é a educação da população mediante a promoção do respeito.      O racismo é algo enraizado e naturalizado de muitas formas, mas principalmente por meio de expressões cotidianas e músicas. Frases como “não sou tuas negas”, “serviço de preto”, “mulata” ou “cabelo ruim” são exemplos de falas disseminadas e tratadas como normais, mas que revelam profunda discriminação. Paralelo a isso, existem antigas marchinhas de carnaval as quais são reproduzidas atualmente em muitos lugares durante a festividade popular e que possuem repertório claramente racista, dentre elas está a famosa canção que possui como verso preconceituoso “o teu cabelo não nega, mulata”. Nesse viés, constata-se a necessidade de conscientização dos brasileiros a respeito dos efeitos negativos decorrentes da reprodução de tais tipos de práticas.      Ademais, faz-se necessário o incentivo de denúncias por parte das vítimas de preconceito racial para que os agressores possam ser punidos. De acordo com levantamento do Disque 100, canal da Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, denúncias dos crimes de racismo e injúria racial são as que mais cresceram, o número de ligações subiu 4.333,33% entre 2014 e 2015. Posto que a Constituição Brasileira de 1988 prevê o racismo como crime inafiançável e imprescritível, identifica-se a relevância da prestação de queixa bem como da existência de mecanismos que assegurem o cumprimento da lei.      Por tudo isso, é possível constatar a adoção de medidas as quais contribuam para a erradicação do racismo. Para tanto, a Polícia Federal devem identificar criminosos por intermédio da fiscalização de publicações na mídia bem como nas redes sociais as quais possuem conteúdos que difundem o preconceito. É imperativo, ainda, que escolas e ONG's reforcem a importância da denúncia por meio da inserção de temas afins nas disciplinas de Sociologia e Filosofia.