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Enviada em: 10/05/2017

Em cenas do filme Histórias cruzadas, contextualizado nos anos 60, percebe-se o racismo nas ações das personagens. Preconceituosas, as mulheres brancas subjugavam as negras, exigindo até mesmo o uso de banheiros separados entre elas. Fora das telas, ainda que comedido e mascarado, o preconceito racial persiste dentre o corpo social brasileiro.       Convém destacar, dessa forma, que a discriminação velada no Brasil dificulta a ascensão social dos negros. Nesse panorama de exclusão, ser afrodescendente retira oportunidades de emprego, pois os empregadores, em diversos casos, racistas, colaboram para a marginalização desse grupo quando não os contratam. Ademais, a violência física e psicológica, verificadas nas diversas mortes de jovens negros nas cidades, promovem uma vida de inseguranças e instabilidade psicológica.        É importante apontar, também, que a postura falha da legislação acarreta um sentimento de impunidade nos agressores. Isso se dá porque, ao passo que a lei não abrange a realidade do racismo sutil brasileiro, ele perpetua pela sociedade. Exemplo disso são os anúncios de emprego que buscam a "boa aparência" nos candidatos, escondendo que na verdade é uma procura por "pessoas brancas".        Torna-se evidente, destarte, medidas necessárias para resolver o impasse. O Poder Legislativo, em conjunto com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), deve modificar as leis trabalhistas, garantindo o mínimo de 40% de negros nos cargos. Além disso, o brasileiro precisa se educar, uma vez que já dizia o filósofo Immanuel Kant que o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Portanto, as escolas, somadas à família e ONGs, e difundidas pelo poder midiático, precisam dialogar com os indivíduos sobre a problemática, demonstrando que todas as etnias devem ser respeitadas. Nesse âmbito, a coletividade poderá viver de maneira justa e igualitária.