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Enviada em: 15/09/2017

A discriminação racial apresenta raízes profundas com origens na Idade Média, período marcado pela interferência direta da igreja católica na sociedade, onde frases como: “Se fosse para sermos todos iguais, Deus não teria feito negros e brancos” serviam para tentar legitimar e promover a segregação racial. No Brasil, a herança colonial da escravidão deixou uma lacuna entre negros e brancos, por exemplo, na má distribuição desses nas camadas sociais e em uma indústria da moda com predominância branca. Primeiramente, devemos compreender que a abolição da escravatura não representou a integração dos libertos. Tal fato tem como consequência a observação da miséria e privação dos direitos sociais mesmo após a libertação. A partir disso, e de uma notável imobilidade de classes sociais, se seguiu uma pobreza transmitida para as novas gerações. Hoje, apesar de haver a promoção de ações afirmativas no Brasil, o sistema de cotas se configura insuficiente para alcançarmos uma verdadeira justiça social. Paralelamente, a comunidade negra se vê refém da indústria da moda. Esta, impõe um padrão de beleza e o dissemina pela mídia. Nesse sentido, as crianças são afetadas quando, por exemplo, nas lojas de brinquedos não encontram bonecas negras e sim brancas com cabelos louros. Com isso, desde a infância o indivíduo ganha percepção da distinção racial e recebe ferramentas para uma formação racista. Portanto, medidas são necessárias para resolver o problema. Assim, Immanuel Kant já alertava a sociedade: “O homem é aquilo que a educação faz dele”, logo, se faz necessário que o MEC promova palestras nas escolas, com alunos e pais, estimulando o reconhecimento da diversidade e igualdade racial. Por outro lado, o governo pode melhorar os programas de ações afirmativas, aumentando o número de cotas de acordo com o percentual de negros na região. Pode haver também uma iniciativa privada das indústrias de brinquedos, com o lançamento de uma linha de bonecas negras, seria uma inovação que traria bons resultados sociais e lucrativos. Dessa forma, andaremos a passos largos em direção ao fim do racismo no Brasil.