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Enviada em: 21/10/2017

Entre os diversos temas que preocupam autoridades políticas e a sociedade em geral, o racismo tem se destacado. Isso porque, apesar de a Constituição Federal de 1988 criminalizar tal prática, suas causas parecem indissolúveis – e têm graves consequências. Nesse âmbito, é preciso refletir sobre o papel de entidades governamentais e da sociedade quanto a essa questão.  É fato: o racismo constitui uma infeliz realidade no Brasil. Legado histórico da escravidão, sua persistência também está atrelada à incompetência estatal. Isso porque, apesar de a Abolição da Escravatura, em 1888, ter representado um avanço significativo, tal medida não foi acompanhada de projetos de inclusão social dos negros. Estes, por sua vez, não deixaram de ser ignorados após esse marco histórico, havendo raras diligências destinadas a inseri-los na sociedade. Em decorrência disso, a marginalização de afrodescendentes persiste, sendo imperante a presença desse grupo em favelas.  Somado a essa questão, a sociedade também tem sua parcela de culpa na prevalência da intolerância racial. Ao aceitar a reprodução do racismo – embora de forma sutil, por meio de piadas degradantes, por exemplo – os ambientes familiar e escolar, que deveriam desenvolver a formação moral do indivíduo, se tornam coniventes com a atitude. Esse preconceito é potencializado pela indústria audiovisual, que frequentemente retrata em filmes e novelas, o negro como servo ou criminoso. Dessa forma, a visão errônea de inferioridade é transmitida de forma cultural. Percebe-se, portanto, que o racismo ainda é presente no Brasil. Para combatê-lo, é preciso que as instituições escola e família atuem em conjunto, a fim de formar indivíduos que respeitem a diversidade racial. Isso deve ser feito por meio de conversas, palestras e seminários acerca do assunto, buscando desmistificar as perspectivas equivocadas que os alunos possam ter. Assim, o racismo deixará de ser realidade no Brasil e será apenas parte de um infeliz passado.