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Enviada em: 26/10/2017

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Império Alemão distinguia as pessoas por raças, e afirmava ser a negra a mais primitiva delas, encaminhando constantemente esses indivíduos aos campos de extermínio. Na contemporaneidade, porém, o preconceito racial ainda é um problema no Brasil, onde os resquícios do passado exercem forças coercitivas nos rumos do país, tornando necessário o seu combate para a manutenção da democracia.     O peso cultura do racismo é, certamente, umas das maiores razões para a permanência da questão. Desde a chegada dos europeus à Ilha de Vera Cruz, o povo negro é subjugado pelo homem branco. Exploração essa que acentuou-se ainda mais com a assimilação desse povo como mão de obra nos engenhos, e continuou a se aprimorar dado a sua lucratividade, de tal forma que, mesmo após a abolição da escravatura, em 1888, a estrutura social baseada na desvalorização da população afrodescendente permaneceu.E, para comprovar a banalização do preconceito, a Revista Época promoveu um questionário com nove mil brasileiros de pele escura e revelou que 96,3% deles já sofreram algum tipo de discriminação em virtude da cor.     Todavia, a contrariedade está longe de ser resolvida. Embora seja dever da República promover o bem de todos sem distinção de qualquer natureza, a grande maioria da população afrodescendente ainda vive segregada aos guetos e favelas em virtude da dificuldade de ascensão socioeconômica resultante da notável discriminação existente no Brasil. Ademais, por negligência, não saber como proceder diante da situação ou por medo, uma expressiva parcela da sociedade não denuncia os casos de racismo e de injúria racial, perpetuando as agressões e as impunidades.     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Nesse sentido, a fim de promover a igualdade de oportunidades, é imperioso que o Governo Federal implemente novas cotas raciais em escolas, universidades e postos de trabalhos, baseando-se na porcentagem da população negra existente em cada localidade. Também, o Congresso Nacional deverá viabilizar uma emenda constitucional que aumente a rigidez das penalidades aos crimes raciais, como forma de evidenciar à sociedade o quão nefasta são tais atitudes. Por fim, tendo como parâmetro o pensamento kantiano de que o ser humano é a expressão de sua educação, é incontrovertível que o MEC institua nas escolas e universidades palestras sociais, que discutam a importância da miscigenação racial e do respeito às diferenças, objetivando conscientizar a nova geração e evitar a permanência do problema.