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Enviada em: 27/10/2017

Desde o início do século XVI, com a chegada da colonização portuguesa ao Brasil, cultiva-se a cultura da inferiorização do negro em relação ao branco, ideia que, felizmente, tem sido desconstruída para vivermos em harmonia com o direito á igualdade resguardada pela Constituição Federal de 1988. Entretanto, o preconceito no Brasil está longe de ser dizimado, fato que ainda necessita de atenção e debates.        Descaso, xingamentos e até agressões são as formas de preconceito mais presente na realidade da população negra que se caracteriza, segundo o IBGE, como maioria da população do nosso país. Sendo assim, com vasta diversidade em vários quesitos como cultura, identidade e raça, fica claro que há urgência em medidas para, no mínimo, amenizar essa situação.        É importante lembrar que a Lei Áurea, sancionada pela princesa Isabel em 1888, não mudou muito a realidade dos escravos libertados, apesar de fundamental para o avanço dos direitos que lhe pertencem, por isso é imprescindível políticas para a sua devida integração na sociedade, participação na cidadania e leis que lhe assegurem uma saúde biopsicossocial e uma vida com dignidade.     Portanto, é preciso uma real efetivação e sua respectiva fiscalização de políticas públicas já instauradas, como ações afirmativas do sistema de cotas para negros e pardos, essencial para reparação de erros como falta de educação de qualidade e oportunidades. Além disso, é importante tornar a punição, já existente, mais eficaz, através de mais postos de assistencialismo especificado e uma plataforma virtual para o anonimato da vítima que denuncia a intolerância e o racismo. Ademais, o colégio em parceria com a família devem, desde o início da formação de uma criança, salientar a importância do respeito as diferenças. Por fim, a mídia televisiva aliada ao mundo virtual também tem papéis fundamentais para instrução e conscientização das consequências de tais atos. Só assim, poderemos assistir a reversão desse cenário.