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Enviada em: 02/11/2017

Ainda tem uma pedra no caminho. Podemos parafrasear uma das mais célebres poesias de Drummond para abordar um obstáculo que afeta a harmonia da sociedade: o racismo. Muito comum em terras tupiniquins, o ato racista ainda é mantido nessa sociedade pela falta de conhecimento histórico e manutenção de pensamentos sobre a superioridade branca, inclusive pela mídia, dificultando a erradicação dessa problemática.    Primeiramente, é preciso entender que o contexto histórico enraizou práticas racistas no âmbito brasileiro. Isso se dá porque apesar do Brasil ser um país pautado na diversidade, esse foi formado a partir do contingente branco fazendo jus ao Darwinismo Social, e colocando-se como superior em detrimento da população negra. Assim, mesmo com o fim da escravidão e a formação de um governo republicano, a comunidade negra foi marginalizada, tanto geograficamente quando socialmente, e ainda hoje observa-se a maioria dos negros ocupando cargos inferiores e morando em localidades precárias.    Não obstante, o problema complexifica-se quando a mídia contribui para perdurar ideologias racistas. Isso ocorre devido a forma como essa entidade social representa as diferentes etnias em sua programação, no qual o caucasiano sempre ocupa os melhores papeis, ou apresenta os melhores jornais e programas. Por conseguinte, o raciocínio dos expectadores frente a superioridade da pele clara naturaliza-se, e serve como justificativa para as práticas racistas.   Desse modo, é notório que o racismo é um problema histórico e social e deve ser erradicado. Para tanto, é dever do Ministério da Educação impor para as escolas a abordagem do assunto, a partir de debates, mini cursos, feiras e oficinas, de modo a demonstrar aos alunos sobre como o racismo é problemático para os vitimados e para o progresso do país. À mídia, cabe a mudança de paradigmas, dando oportunidade para os negros mostrarem seus talentos e ocuparem papéis de forma isonômica aos brancos, evidenciando à população essa igualdade, essencial à harmonia.