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Enviada em: 20/03/2018

Um dos objetivos da República Federativa do Brasil, previsto na Constituição Federal vigente é a busca por uma sociedade livre de preconceitos de qualquer origem. Entretanto, o que se observa em nosso meio é a manutenção de tais atos, uma vez que é notória a frequência de notícias relacionadas a intolerância por conta da diversidade étnica existente no país. Assim, diversas medidas precisam ser tomadas para combater esse problema, incitando uma maior atuação do Poder Público juntamente com instituições formadoras de opinião.    Nesse contexto, vale ressaltar que o racismo é um problema existente no Brasil desde o passado. Com a migração forçada de milhões de africanos trazidos aqui pelos portugueses para o trabalho escravo, criou-se, por parte da população, uma ideia de inferioridade, sendo tais considerados párias da sociedade brasileira, tratando tais indivíduos de forma abusiva, desumana e preconceituosa, mesmo após a abolição da escravidão. Além disso, indígenas e posteriormente mestiços, sofreriam de forma semelhante, sendo incentivado, por parte da elite, evitar a “mestiçagem”, como é ilustrado pela literatura nacional. Muito desse pensamento é mantido até hoje, levando instituições à busca de maneiras de combate à tais práticas.    Sob este viés, ressalta-se que algumas ações já foram realizadas, como a criação da Lei nº7716/89, que define os crimes resultantes do preconceito de raça ou de cor e a criação de políticas afirmativas, com o intuito de diminuir desigualdades sociais institucionalizadas. Entretanto, as medidas tomadas até então não foram suficientes, visto que a fraca educação aliada a falta de conscientização por parte dos brasileiros é o principal motivo para a manutenção do problema. Outrossim, a falta de comunicação com o intuito de conscientizar jovens e adultos é um agravante , já que sem o acesso a informações referentes ao assunto o problema tende persistir.    Diante disso, para combater o racismo no país, cabe ao Ministério da Educação intensificar esforços, dando a grade curricular de escolas públicas e privadas uma maior atenção ao contexto histórico do racismo no Brasil, e maior ênfase a anti-científicidade da ideia de supremacia racial. Ademais, é necessária por parte de instituições formadoras de opinião a criação de um maior número de campanhas publicitárias e a realização de palestras para crianças e adultos, tratando o assunto de maneira menos superficial e embasada em um maior número de argumentos científicos. Dessa forma poderemos combater o persistente problema do racismo no Brasil.