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Enviada em: 29/03/2018

No Brasil, desde a colonização, há um processo de sincretismo, no qual a nação recebe influência africana, europeia e indígena. Entretanto, devido ao eurocentrismo (grande valorização e hegemonia das tradições e características do povo europeu) e ao papel do português como colonizador há, até hoje uma exaltação de tudo que vem do branco e desprezo e preconceito pelo que é de origem negra.     Hoje, ninguém se declara racista, porém, muitos praticam o racismo cordial que é o mais perverso, pois, é aquele que se apresenta de uma forma velada, e o que é ainda mais perturbador é que quanto mais oculto, menos passível de punição é.     Este racismo ocorre porque o discriminador, que é aquele que pratica o crime, ou se esconde atrás de uma situação que cria, ou o que comete acaba por não ser entendido como racismo, vindo a ficar impune. Foi o que aconteceu com o comediante Danilo Gentili há alguns anos, quando fez um comentário preconceituoso e não foi tido como discriminatório pelo Ministério Público Federal.    Segundo o Atlas da Violência, os negros continuam com o maior índice de assassinatos, isso prova que o preconceito se perpetua, e estes negros que são mortos, em sua grande maioria têm baixa escolaridade e estão localizados nas regiões periféricas, sendo assim, impedidos de alcançarem cargos expressivos, para verificar a validade desse comentário é só ver nos tribunais brasileiros, os processos existentes de pessoas reclamando que foram preteridas no trabalho, sendo privadas de receber promoções ou mesmo de ingressar nas empresas por causa de sua raça ou etnia.    Portanto, medidas prováveis, é necessário uma ajuda governamental na implantação de palestras obrigatórias nas escolas; a criação de um canal direto com multiplataforma, que viabilize a denúncia de forma rápida, com a possibilidade de anexar provas em vídeo, áudio ou imagens. Não se esquecendo de que a intensificação da lei, ainda que resule em prisão a réus primários, é fundamental para aumentar o controle.